Supermercados brasileiros registram maior volume de estoque e menor indisponibilidade nas gôndolas no mês de março

O mês de março foi um período peculiar para o mercado brasileiro: o maior IPCA em 28 anos, disparada na inflação, queda no poder de compra e alta sequencial no preço dos alimentos, somado aos impactos da guerra no preço de commodities internacionais. Diante desse cenário, o índice de ruptura da Neogrid, empresa especializada em soluções para a gestão da cadeia de suprimentos, registrou queda pelo terceiro mês consecutivo. Em outras palavras, houve menor indisponibilidade de produtos nas gôndolas no período, na comparação com o mês de fevereiro.

De acordo com o levantamento, publicado todo mês pela Neogrid, a ruptura em março ficou em 10,8%, diante de 10,9% em fevereiro e de 11,7% em janeiro deste ano.

“A diminuição da ruptura está bastante ligada aos movimentos econômicos. O estoque está maior, ocasionado por uma retração de consumo afetada por vários motivos – entre os quais, guerra, variação das commodities no cenário internacional e, por aqui, aumento de preço de alimentos e de combustíveis, e isso acaba impactando todas as categorias analisadas”, afirma Robson Munhoz, CCSO (Chief Customer Success Officer) da Neogrid.

De acordo com Munhoz, a redução da ruptura pelo terceiro mês seguido é emblemática: “Ela indica que o consumidor está comprando em menor quantidade, por causa da alta dos preços”.

 

Os preços de produtos básicos nos supermercados têm apresentado tendência consistente de alta, há alguns meses, pressionados por situações que variam desde fatores climáticos nacionais ao aumento da demanda global por commodities. Mais recentemente, os preços de diversos produtos também têm sido impactados por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Dados e análise da Horus, empresa de inteligência de mercado com foco em dados de consumo e integrante do ecossistema de negócios da Neogrid, corroboram a explicação do CCSO da Neogrid.

“Os preços de produtos básicos nos supermercados têm apresentado tendência consistente de alta, há alguns meses, pressionados por fatores que variam desde elementos climáticos nacionais ao aumento da demanda global por commodities”, analisa Luiza Zacharias, diretora de Novos Negócios da Horus. “Nesse cenário de inflação, o bolso do consumidor fica cada vez mais apertado, o que o leva a reduzir o consumo de certos produtos no carrinho de compras. Isso ajuda a reduzir o patamar de ruptura”, complementa.

 

Leite UHT: mais caro, e com maior ruptura –- Um desses produtos destacados pela Horus foi o leite UHT — cujo preço médio do litro aumentou 10% em março, segundo a empresa, impulsionado pelo aumento do preço de insumos usados na produção, especialmente o milho e a soja. A ruptura do leite aumentou em março (15,6%) na comparação com fevereiro (15,3%), apontou a Neogrid.

Conforme a Horus, a incidência do leite UHT na cesta de compra caiu de 14,1% em fevereiro para 13,6% em março, e o número médio de unidades apresentou uma retração de 7% no mês, passando 3,1 em fevereiro para 2,9 itens no carrinho em março.

 

Sabão em pó: indisponibilidade quase dobra, em meio a operação-padrão de auditores – Exceção em um mês no qual a ruptura geral de categorias diminuiu, o sabão em pó foi um item cuja indisponibilidade quase dobrou de fevereiro para março: foi de 12,7% para 23,4%. Isso acontece, por exemplo, no mesmo mês em que auditores fiscais federais agropecuários aderiram a uma operação-padrão pela reestruturação da carreira, situação que impactou a importação de insumos para a fabricação de itens de limpeza e higiene.

Além disso, a Horus verificou um aumento no patamar de incidência de sabão em pó na cesta de compras em relação ao mês anterior: a incidência média foi de 7,2% a 8%, o que sugere uma presença maior do produto no carrinho de compras dos consumidores. Também o número médio de unidades aumentou 5%, de 1,7 para 1,8 itens de fevereiro para março, o que também pode ajudar a justificar o aumento de ruptura no período.

“E ainda houve uma venda do estoque sem reposição como o previsto, pela falta de matéria prima – a operação-padrão de fiscais aduaneiros impacta isso diretamente, pois posterga a chegada de insumos como sais usados para a fabricação do produto”, reforça Robson Munhoz.

 

SOBRE A NEOGRID (https://neogrid.com)

A Neogrid é uma empresa de tecnologia e inteligência que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo. Há 24 anos no mercado, construiu um ecossistema de dados e negócios que conecta varejos, indústrias e distribuidores no Brasil e nos mercados mais competitivos do mundo. Com cases de sucesso em empresas de grande porte, tem como principal objetivo aumentar as vendas e a rentabilidade das empresas.

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA DA NEOGRID

RPMA Comunicação
negocios@rfpmacomunicacao.com.br
Fabiano de Oliveira – (11) 99287-5957

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