A gestão da cadeia de suprimentos representa hoje uma das principais preocupações de gestores e líderes na condução das atividades de uma empresa. Em razão do impacto que os processos relacionados à supply chain têm sobre os resultados do negócio e, mais ainda, sobre o seu orçamento, essa gestão se torna indispensável, ao passo que também é extremamente desafiadora.
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Atualmente, gestores precisam lidar com extensas cadeias de fornecimento, integrar diferentes processos e agentes, além de administrar um conjunto de atividades e pessoas, de modo a alinhar todo o fluxo de tarefas e manter todos os elos atuando de forma eficiente e produtiva, garantindo, assim, a disponibilidade de produtos e materiais no tempo e local exato.
Contudo, como veremos adiante, a gestão da cadeia de suprimentos é uma atividade que envolve uma série de entraves, exigindo uma performance superior das empresas, o que tem sido alcançando a partir do uso estratégico dos dados e informações e, principalmente, da tecnologia.
Em razão da importância desse tema para o sucesso operacional da indústria, varejo e distribuidores, preparamos este completo artigo abordando os principais desafios encontrados pelas empresas na gestão de supply chain e as alternativas para contorná-los. Acompanhe!
Quais são os principais desafios da gestão da cadeia de suprimentos?
Os entraves enfrentados na gestão da cadeia de suprimentos não são exclusividade dos processos operacionais das empresas. Em muitos casos, os desafios estão presentes na parte estratégica, isto é, na definição de metodologias, escolha de soluções e caminhos para se manter uma gestão eficiente e capaz de entregar os resultados conforme as expectativas do mercado.
Na parte operacional, evidentemente, também existe uma série de complicações, como a integração de agentes e processos, além das falhas na comunicação, que tanto dificultam o fluxo de atividades de forma padronizada e em atendimento às demandas disparadas pelo consumidor final, por exemplo.
A seguir, reunimos os desafios mais comuns da gestão de supply chain, seja na parte operacional seja na parte estratégica, mostrando como cada um deles interfere na dinâmica dos negócios na atualidade. Confira!
1. Complexidade da cadeia
As empresas estão atuando de forma cada vez mais descentralizada, compondo processos em diferentes localidades e firmando relações com inúmeros parceiros. Esse cenário, em grande medida, é reflexo da transformação digital, que tem facilitado o fluxo comunicativo dos negócios e a automação de processos.
Assim, com uma atuação cada dia mais ampla e uma realidade mais globalizada, um efeito direto sentido na cadeia de suprimentos é o aumento da sua complexidade. No passado, tudo era mais simples, já que as ramificações da cadeia eram reduzidas e o fluxo de atividades era praticamente uma linha reta entre os poucos agentes que se relacionavam.
Por outro lado, hoje não é bem assim que a supply chain tem performando. Com o passar dos anos, avanços da tecnologia e mudanças nos hábitos de consumo da sociedade, as cadeias foram se ramificando, englobando variados agentes, com propostas distintas e capacidades de produção bem diferentes um dos outros — o que aumenta a dificuldade na integração para se atingir um ponto de equilíbrio.
Nesse contexto de estratificação da cadeia de suprimentos, gerir todos os processos necessários e manter todos os elos em conformidade com as demandas não é uma tarefa fácil. A realidade de grande parte das empresas é de dificuldade em mapear processos, alinhar atividades executadas por diferentes responsáveis e evitar rupturas que possam afetar a cadeia produtiva e a experiência do consumidor.
Nesse sentido, a tecnologia é uma das principais responsáveis por assegurar uma visão mais sistêmica e completa da cadeia e, ainda, por permitir a identificação de processos-chave, eliminando grande parte dessa complexidade.
2. Integração de equipes e processos
Quando se trabalha com cadeias de suprimentos mais extensas e complexas, as quais englobam uma série de etapas que vão desde a compra de matéria-prima até a finalização do produto, um dos grandes desafios que surge na gestão é justamente integrar todas as equipes que participam dessa cadeia produtiva.
Nesse sentido, por exemplo, exige-se um esforço bastante grande para garantir que a gestão logística se integre ao setor de estoques e que esse converse eficientemente com o setor de compras, formando um conjunto sincronizado de atividades.
Do mesmo modo, esses setores também precisam se integrar com a áreas administrativas do negócio, como a contabilidade e o financeiro, de modo a manter a sua saúde e longevidade. Nesse ponto, além dos objetivos e atuações diferentes de cada setor e das equipes que os compõe, o desafio na integração se deve primordialmente à ausência de uma comunicação padronizada, a qual facilite o entendimento de demandas e a troca de informações de maneira rígida e eficiente.
É nesse contexto que o uso de novas tecnologias e soluções se torna tão importante. A exemplo, o uso de software na cadeia de suprimentos e de plataformas de integração de dados tem se tornado bastante comum. Essas ferramentas podem ajudar diferentes setores das empresas a alcançar uma maior visibilidade da cadeia de suprimentos, inclusive das etapas que são executadas por outros profissionais e agentes, criando uma estrutura interligada de atividades.
3. Mensuração de resultados
Outro grande percalço na gestão da cadeia de suprimentos das empresas está relacionado à mensuração de resultados. Esse é um ponto elementar, já que a avaliação constante dos processos é o que permite conhecer o desempenho de equipes, parceiros e demais envolvidos nas atividades, além de ser um dos pilares para os ajustes e tomadas de decisão.
Embora mensurar os resultados seja um ponto essencial para os negócios, nem sempre é fácil levantar as informações necessárias para subsidiar as decisões de gestores e líderes. Em muitos casos, por exemplo, é difícil expressar, de forma quantitativa, qual é o impacto que o atraso no fornecimento de um insumo pode ocasionar nas demais etapas que sucedem, assim como o impacto que será percebido pelo consumidor, caso haja ruptura na disponibilidade de um produto.
Nesse sentido, o estabelecimento de métricas e indicadores de desempenho cumpre um papel crucial para a mensuração dos resultados — embora essa definição seja um problema. O que acontece é que nem sempre se sabe quais indicadores utilizar e nem sempre existe infraestrutura tecnológica suficiente para coletar, trabalhar e interpretar os dados de maneira produtiva, gerando as leituras necessárias para a otimização da cadeia.
Como reflexo dessa dificuldade não só em definir a melhor estratégia para mensurar e utilizar os resultados, mas também de executar essa tarefa, tem-se interferências negativas nos custos da cadeia de suprimentos, além de possíveis prejuízos na satisfação do cliente, que pode perceber atrasos nas entregas, mudanças na oferta de produtos, tudo porque a indústria, por exemplo, não consegue mensurar os resultados para otimizar seus processos.
Uma das soluções mais eficientes para colocar fim a essa dificuldade nas empresas, sem dúvida, é o uso estratégico da tecnologia. Destaca-se a relevância de softwares que coletam esses dados nos pontos de venda e fornecem indicadores precisos para a tomada de decisão.
E o uso dessa tecnologia precisa estar combinado com uma análise estratégica dos dados de sell-out. Quer saber como fazer isso? Clique na imagem e baixe nosso e-book. O material conta com um passo a passo para você usar essas informações para aumentar as vendas.
4. Relacionamento com os fornecedores
No contexto da cadeia de suprimentos, os fornecedores exercem um papel determinante para a manutenção das atividades da indústria, por exemplo, além de serem o ponto de partida de todo o processo de produção. Dessa forma, é nítido o impacto que eles têm sobre produtividade, cumprimento de prazos e atendimento da demanda do mercado.
No entanto, nem sempre a indústria consegue gerir eficientemente sua rede de fornecedores, avaliando pontos elementares, como a própria capacidade de fornecimento de insumos, matérias-primas e materiais necessários à produção, por exemplo, causando insuficiências no atendimento das demandas disparadas pelo consumidor final.
O caminho para solucionar as falhas relacionadas aos fornecedores, nesse contexto, pode ser o estabelecimento de uma gestão mais ativa, uma comunicação mais clara e o fechamento de contratos mais detalhados, reduzindo assim os riscos de inconsistências durante a execução dos processos de produção, principalmente, e toda as etapas seguintes da cadeia de suprimentos.
5. Controle de estoque
O controle de estoque é, sem dúvida alguma, um dos pontos mais desafiadores dentro da cadeia de suprimentos de qualquer negócio. Não é difícil encontrar exemplos no mercado de indústrias, varejistas e distribuidores que encontram dificuldade para compor seus estoques, em termos de variedade e quantidade de produtos e insumos armazenados.
O fato é que toda cadeia de suprimentos necessita de matérias-primas, insumos e materiais para nutrir seus processos. No entanto, o grande entrave está justamente em saber quanto é realmente necessário ter desses itens no estoque, baseando-se na demanda de consumo e no giro dos produtos, principalmente.
Erros no equilíbrio do estoque, na prática, têm um impacto direto nos custos da cadeia de suprimentos, em diferentes aspectos. Por exemplo, compor um estoque mais elevado que o necessário significa gastar mais com o armazenamento de produtos e insumos. Isso porque será necessário mais espaço, mais profissionais para gerenciar os materiais, assim como mais gastos com deslocamentos internos etc. Do mesmo modo, aumentam os riscos de desperdício desses itens armazenados no estoque, como com o perecimento de mercadorias.
Em certa medida, a dificuldade em se equilibrar os estoques na cadeia de suprimentos está relacionada a outros pontos já citados, como a sua complexidade e extensão.
6. Distribuição e transporte
Não há como falar em desafios na gestão da cadeia de suprimentos sem citar aqueles envolvidos com distribuição e transporte. Além de ser uma das etapas que mais consome recursos das empresas, esse é um um dos aspectos mais complexos e dependentes de uma gestão estratégica.
No Brasil, há inúmeros motivos para se dizer que distribuição e transporte é um grande desafio dentro das atividades das empresas. Inicialmente, é preciso considerar a grande dependência que os negócios têm sobre o modal rodoviário — principal meio de deslocamento de mercadorias no país.
Em razão da precariedade da infraestrutura das rodovias, por exemplo, o transporte de cargas se torna altamente custoso e, também, extremamente arriscado para as empresas. Além disso, a grande dimensão territorial do país dificulta as estratégias de logística e distribuição, sobretudo em regiões mais distantes de pólos de consumo e produção, prejudicando a expansão da atuação de negócios em mais localidades.
No mais, a falta de experiência no uso dos dados, por exemplo, dificulta a leitura das demandas do mercado. Em razão disso, a indústria acaba distribuindo sua produção de maneira equivocada, focando apenas nas vendas internas, mas sem considerar se o produto está efetivamente sendo demandado pelo mercado. Do mesmo modo, há falhas no volume de distribuição, o que faz com que certos clientes da indústria estejam com estoques elevados de produtos, enquanto outros estão com o mesmo item em falta.
Quais ações podem ser tomadas para superar esses desafios na gestão da cadeia de suprimentos?
Muito embora existam desafios na gestão da cadeia de suprimentos, com as estratégias certas, é plenamente possível contorná-los e entregar resultados de forma condizente com o que o mercado espera das empresas.
A seguir, listamos algumas ações que podem ser colocadas em prática para melhorar a relação entre indústria, varejo e distribuidores, formando uma supply chain econômica e produtiva. Confira!
Contar com bons fornecedores para a gestão da cadeia de suprimentos
A estruturação de uma cadeia de suprimentos eficiente, sem dúvida, depende do suporte de bons fornecedores. Sem esses agentes, dificilmente a indústria consegue suprir suas demandas de produção, manter um fluxo de atividades consistente e aplicar conceitos inovadores.
Por essas e outras razões, para a maior parte dos negócios que atuam no mercado, é indispensável formular uma rede de fornecedores robusta, a qual é capaz de entregar qualidade e quantidade na medida certa para as demandas, isso em diferentes cenários.
Contar com bons fornecedores é, portanto, uma forma de minimizar os riscos envolvidos na produção, garantindo a entrega dos materiais em quantidade e tempo certo, mantendo um fluxo contínuo, sem oscilações e rupturas que possam causar impactos para o consumidor final.
Nesse sentido, gestores e líderes precisam se atentar à maneira como os seus contratos de fornecimento são definidos, estabelecendo regras mínimas para o atendimento das suas necessidades, além de pontos estratégicos, como é o caso da definição de cronogramas de fornecimento e preços dos produtos.
Quando se trabalha com bons fornecedores, essas questões são mais facilmente gerenciadas, já que esse perfil de parceiro tende a operar de maneira mais organizada, além de prezar pela longevidade das relações comerciais — um ponto de grande importância não só para a continuidade da supply chain, mas para a definição de preços mais atrativos, por exemplo.
Equilibrar preço e qualidade
Em razão do ramo de atuação da empresa, a cadeia de suprimentos pode ser mais ou menos estratificada e depender do fornecimento de diferentes materiais para que funcione corretamente. Nesse contexto, pode ser que a empresa se depare com a necessidade de gerir uma grande quantidade de contratos de fornecimento.
Nesse ponto, uma das principais preocupações dos gestores está relacionada aos custos dos materiais empregados nos processos de produção. Isso porque esse atributo desencadeia toda uma sucessão de fatores que vão interferir no preço de venda de um item finalizado e, consequentemente, na aderência do consumidor às ofertas e propostas do negócio.
Assim sendo, é nítida a necessidade de as empresas buscarem preços mais atrativos na hora de nutrir a cadeia de suprimentos. No entanto, existe um quesito que não pode ser negligenciado nessa hora, que é a qualidade dos materiais adquiridos. Ou seja, é imprescindível que se equilibre preço e qualidade na hora de definir o fornecedor ideal e os produtos entregues por eles.
Na prática, de nada adianta focar apenas nos custos da cadeia de produção e optar por comprar produtos de baixa qualidade, os quais interferem na qualidade final das entregas da empresa e, principalmente, na experiência de compra do cliente. Hoje, em razão da competitividade do mercado e da variedade de opções à disposição do consumidor, é indispensável prezar pelos custos, sem abrir mão da qualidade.
Contar com o auxílio da tecnologia na gestão da cadeia de suprimentos
No cenário empresarial atual, a tecnologia tem ocupado uma posição de destaque quando o objetivo é otimizar processos e entregar melhores resultados a custos reduzidos e em menor tempo. Não por outro motivo, grande parte das empresas tem se inclinado para o uso de novas soluções e inovador na gestão das suas cadeias de suprimentos.
Nesse sentido, a empresa que busca modernizar a supply chain e contornar todos os desafios citados ao longo deste artigo deve investir em inovação, buscando alternativas para compor processos mais estratégicos, fluidos e livres de tarefas lentas, manuais e burocráticas.
Atualmente, há uma infinidade de conceitos que podem ser citados como aliados da gestão da cadeia de suprimentos das empresas. A exemplo, podemos listar:
- inteligência artificial — recurso que pode agregar valor com a possibilidade de uso de análises preditivas, baseadas em leituras autônomas realizadas por computadores e máquinas;
- internet das coisas (IoT) — conceito cuja aplicação vem crescendo nos últimos anos, o qual é responsável por integrar diferentes processos e agentes dentro da cadeia de suprimentos, a partir de sensores e computadores associados a máquinas, pessoas e dispositivos, fornecendo dados em tempo real para gestores;
- business intelligence (BI) — com a digitalização dos processos dentro das empresas, os dados se tornaram ativos valiosos para a condução dos negócios. Nesse sentido, big data e data Science, em conjunto com o BI, possibilita o aprofundamento da gestão da empresa, integrando processos e os envolvidos na sua execução. Assim, informações vindas de diferentes etapas da cadeia de suprimentos podem ser utilizadas, gerando insights poderosos para otimizações;
- automação — com a sofisticação dos meios de produção e uso crescente dos dados, cada vez mais a automação tem assumido sua posição dentro da cadeia de suprimentos. O tempo dos processos manuais isolados e pouco produtivos acabou. Hoje, a tendência é a formulação de cadeias produtivas mecanizadas, autônomas, as quais operam em um fluxo contínuo e equilibrado, conforme a demanda necessária.
Existe uma série de outros conceitos tecnológicos que podem reforçar a gestão da cadeia de suprimentos. Muitos deles, inclusive, são aprimorados por empresas especializadas, como é caso da Neogrid, que entrega mais valor ao uso dos dados ao oferecer soluções modernas, focadas na gestão automática da cadeia de suprimentos.
Com alta tecnologia, a Neogrid atua na sincronização da cadeia de suprimentos, tendo como principal indicador do mercado a demanda disparada pelo consumidor. Soluções baseadas no uso estratégicos dos dados fornecem visibilidade de vendas e níveis de estoque dos diferentes agentes dentro da cadeia.
Por fim, como foi possível perceber, desafios fazem parte da gestão da cadeia de suprimentos de qualquer negócio. A verdade é que, quanto mais competitiva for a atuação da empresa, mais desafiadora será a gestão da supply chain, já que a margem para erros é menor e o nível de eficiência dos processos precisa ser ainda maior. No entanto, com as práticas certas e o uso inteligente da tecnologia, é possível entregar a performance exigida pelo consumidor e pelo mercado de modo geral, colocando a empresa no ritmo ideal.
Então, quer superar os desafios na gestão da cadeia de suprimentos da sua empresa e colocá-la numa vertente de crescimento e inovação? Esse é o compromisso que a Neogrid está disposta a firmar com você. Entre em contato conosco e saiba como as nossas soluções podem agregar valor ao seu negócio.