Entenda quais são as diferenças entre B2B e B2C no e-commerce

A opção pelo comércio eletrônico tem se tornado uma estratégia cada vez mais comum no mercado atual. Nesse cenário, os modelos de atuação B2B e B2C no e-commerce ganham ainda mais força, despontando como caminhos não apenas viáveis, mas altamente estratégicos para quem atua no varejo e deseja aumentar a sua fatia no mercado, potencializar o faturamento e se alinhar aos novos padrões de consumo e vendas na era digital.

Você também pode ouvir esse conteúdo.

No entanto, existem barreiras que precisam ser consideradas na hora de definir entre a atuação B2B e B2C no e-commerce, pois o sucesso operacional em qualquer um desses formatos exige um grau elevado de especialização nas abordagens e ofertas, adaptando toda a estratégia de marketing e vendas para atender com mais precisão o público empresarial ou o consumidor pessoa física.

Pensando nisso, preparamos este conteúdo para esclarecer as diferenças entre a operação B2B e B2C no e-commerce e trazer algumas orientações de como atuar melhor em cada modalidade. Confira!

Os conceitos por trás do B2B e B2C

O ponto de partida para conseguir explorar melhor as oportunidades que o mercado B2B e B2C oferecem é entender o conceito por trás de cada uma dessas siglas. Assim, de forma resumida, pode-se compreender o B2B (Business-to-Business) como o formato de atuação em que os produtos/serviços de uma empresa são direcionados para atender a demandas de outras empresas — ou seja, o cliente do negócio é a pessoa jurídica.

Por outro lado, no formato B2C (Business-to-Consumer), o foco das entregas de um negócio se direciona para o consumidor final, isto é, o cliente pessoa física. Aqui se concentra a maior parte das empresas atuantes no mercado.

As diferenças entre B2B e B2C no e-commerce

Como cada um desses formatos tem um público distinto, com demandas, necessidades e perfis de compra bastante particulares, a gestão de e-commerce precisa estar ajustada a cada realidade para conseguir atender com o nível de personalização necessário.

A seguir, pontuamos algumas das diferenças que precisam ser consideradas para se atingir esse objetivo. Vejamos!

Preço

Quando se atua com o foco no formato B2C, o preço é um elemento diretamente ligado à competitividade da empresa. O consumidor tende a condicionar bastante a sua decisão de compra a partir desse fator. Por essa razão, a precificação dos produtos e serviços no B2C deve atentar muito ao perfil e às expectativas do consumidor, de modo que se consiga equilibrar a atratividade das ofertas e a viabilidade das atividades da empresa.

No mercado B2B, embora o preço dos produtos também seja um ponto crucial, a estratégia de precificação pode ser bem diferenciada. Aqui, além do valor financeiro, existe a questão do valor agregado às entregas e à qualidade do produto. O cliente empresarial busca diferenciais, além de um custo-benefício que seja condizente com a proposta da empresa.

Perfil do público

De forma resumida, o cliente B2B é muito mais criterioso, técnico e crítico, demandando negociações muito mais detalhadas e uma comunicação altamente eficaz.

Já o público do B2C é mais diversificado, menos técnico e altamente dinâmico. Além disso, está focado em encontrar soluções para os seus problemas de forma ágil e econômica, privilegiando as vantagens que ele pode ter ao escolher um ou outro produto.

Condições de pagamento

Em regra, no mercado B2C, as transações são de menor valor, o que viabiliza o uso de métodos de pagamentos tradicionais, como o cartão de crédito, boleto e até o uso de plataformas de pagamento de terceiros.

Por outro lado, no B2C é comum as operações serem de alto valor, exigindo pagamentos de forma diferenciada, o que inclui prazos mais dilatados, análises de crédito e métodos específicos, como transferência bancária, duplicatas e boletos.

Como trabalhar melhor com cada formato

Destacadas as principais distinções entre B2B e B2C no e-commerce, já é possível avançar no tema e pensar em estratégias para explorar melhor cada um dos formatos de negócio, fazendo os ajustes necessários para atingir os diferentes públicos de forma eficiente.

A seguir, listamos algumas dicas que podem aumentar a eficiência nas vendas de e-commerce, seja no B2B, seja no B2C. Acompanhe!

Segmente os canais de comunicação

Esse fator é importante porque os públicos com os quais se trabalhará têm características bem diferentes. A exemplo, o público B2B tende a demandar uma comunicação mais profissional, formal e técnica, já que as negociações nesse formato costumam envolver valores mais altos. Assim, investir em uma comunicação mais próxima e consultiva, por e-mail ou telefone, por exemplo, pode ser o mais indicado.

Por outro lado, o público B2C tende a demandar uma comunicação mais leve, direta e informal. Não por outra razão, empresas desse segmento exploram bastante o uso das redes sociais, criando uma relação de proximidade com o consumidor.

Em qualquer dos modelos, o uso estratégico dos dados como ferramenta de segmentação é a estratégia mais indicada para conseguir fazer leituras precisas e aderentes ao público, chegando a um perfil ideal.

Direcione a estratégia de vendas

Toda a estrutura de vendas da empresa deve ser pensada para aderir ao perfil do seu público. Nesse sentido, é essencial que não apenas os profissionais estejam preparados para atender o cliente, mas que toda a infraestrutura do negócio seja planejada para essa finalidade.

A exemplo, ao se atuar no B2B, a loja virtual é uma ponte entre o cliente e a empresa, mas ela nem sempre é suficiente para gerar conversões. Na realidade, as vendas B2B costumam ser mais criteriosas, pois envolvem um volume maior de produtos, questões legais, além de outros pontos que só são esclarecidos e firmados a partir de negociações mais próximas.

Dessa forma, a empresa precisa dispor de uma infraestrutura comercial adequada, capaz de ofertar um atendimento consultivo ao cliente, esclarecendo dúvidas e conduzindo toda a negociação.

Busque influenciadores de mercado B2B e B2C

Existem determinados elementos que ocupam a posição de verdadeiros influenciadores de mercado em relação à decisão de compra. Esses influenciadores, na prática, variam bastante entre o formato B2B e B2C. Por isso, precisam ser identificados e trabalhados de forma distinta quando a empresa atua nesse ou naquele formato. Vejamos!

Influenciadores B2C

No caso do e-commerce voltado às vendas B2C, os influenciadores de mercado mais efetivos são aqueles ligados a elementos pessoais. Ou seja, a empresa precisa identificar determinadas características do seu cliente e estabelecer um “perfil padrão”, que considere idade, localização, dores e necessidades.

No mesmo sentido, influenciadores de ordem social também são indispensáveis. Nesse ponto, é importante considerar as influências culturais do cliente, a partir de elementos ligados à sua profissão, posição geográfica e outros que exercem algum tipo de interferência na forma como o indivíduo pensa e age.

Por fim, influenciadores externos, como a opinião de terceiros, também fazem toda a diferença nas vendas B2C. Isso porque o consumidor tende a dar um grande valor para a experiência de outras pessoas, sobretudo aquelas que têm um perfil semelhante. Nesse ponto, a utilização de feedbacks e avaliações de produtos são estratégias bastante exploradas.

Influenciadores B2B

Aqui o foco é um público empresarial, mais técnico, formal e especializado. Por isso, é preciso ter atenção a fatores como: orçamento, atendimento a leis e normas, prazos, custos e qualidade mínima.

No mais, o público B2B também dá um grande valor para influenciadores de mercado como:

  • opinião de especialistas da área;
  • perfil dos clientes da empresa — em regra, se o e-commerce é parceiro de grandes empresas, isso é visto como um diferencial;
  • depoimentos e experiências de outros clientes empresariais;
  • presença de certificações e selos de qualidade reconhecidos nos produtos;
  • atuação internacional;
  • estatísticas que comprovam a qualidade e eficiência dos produtos.

Por fim, o crescimento do comércio eletrônico é um fator que abre muitas oportunidades para investir em estratégia e-commece. No entanto, como foi possível perceber, para que uma empresa consiga atuar de forma competitiva nesse mercado, é indispensável conhecer alguns cuidados. Entre eles entender o perfil do seu público, adaptando não só seus produtos, mas o marketing, as estratégias de vendas e divulgação e, principalmente, a forma como a comunicação é realizada.

Esses artigos podem completar essa leitura

Ver todos conteúdos
3 ações promocionais que a indústria pode criar com o varejo
3 ações promocionais que a indústria pode criar com o varejo

Ofertas, ações de Trade e práticas de retail media são ações promocionais que fortalecem marca, vendas e parceria entre indústria... Saiba mais

Black friday 2021: tendências e o que esperar
Black friday 2021: tendências e o que esperar

A Black Friday 2021 promete quebrar recordes de vendas. Relembre o crescimento desta data e saiba o que esperar da... Saiba mais

Gestão de e-commerce: saiba por que é importante padronizar informações de produto
Gestão de e-commerce: saiba por que é importante padronizar informações de produto

Você sabe o que a padronização das informações de produto tem a ver com a gestão de e-commerce? Entenda quando... Saiba mais

Como a indústria pode facilitar a jornada de compra do consumidor
Como a indústria pode facilitar a jornada de compra do consumidor

Se a ideia é positivar vendas, a indústria também deve apostar no e-commerce para facilitar a jornada de compra do... Saiba mais

Por que sua empresa precisa investir em Trade Marketing Digital
Por que sua empresa precisa investir em Trade Marketing Digital

Já passou da hora de também ser inimaginável a manufatura não ter uma estratégia de trade marketing digital. Veja o... Saiba mais