Como fazer a gestão automática da cadeia de suprimentos por meio da tecnologia?

A supply chain é o núcleo da relação entre produção e atendimento ao cliente. Pensando nas demandas do consumidor, é essencial adotar estratégias que garantam o ritmo adequado de cada processo. Em um cenário ideal, o melhor caminho a seguir é implantar uma gestão automática da cadeia de suprimentos.

Você tem a opção de ouvir o conteúdo, caso não tenha tempo para ler.

Isso significa reduzir falhas humanas e aperfeiçoar os processos de forma a evitar tanto a indisponibilidade quanto os excessos de produtos nos pontos de venda. Entretanto, cada empresa tem suas particularidades na rotina operacional, fazendo com que algumas dúvidas surjam na hora de adotar essa ideia.

Afinal, o que exatamente significa automatizar a gestão da supply chain? Qual é a diferença do processo comum para a gestão automática? Qual é o papel da tecnologia e que benefícios essa estratégia traz? Por onde começar?

Criamos este artigo completo para esclarecer definitivamente cada um desses pontos. Aqui você encontrará tudo o que precisa saber sobre a gestão automática da supply chain — da definição do conceito até suas vantagens e formas de implantar. Confira!

O que significa adotar uma gestão automática da cadeia de suprimentos?

Para começar, é preciso ter em mente o objetivo da automatização. Na gestão da supply chain, ela deve atuar como um conjunto de soluções que integram e sincronizam os elos, desde a produção até o consumidor final. Entretanto, isso pode trazer consigo alguns desafios.

A supply chain é um conceito extremamente abrangente, principalmente em relação ao alcance dos seus processos. Estamos falando de etapas que passam por planejamentos e compras, disparam a produção e vão além da entrega dos produtos.

Isso faz da gestão uma prática essencial para o sucesso das operações, principalmente quando há uma grande variedade de itens. Além disso, há diferenças significativas entre uma gestão tradicional e uma automática.

Em ambos os casos, o objetivo é integrar os processos em um sistema maior, contribuindo para que a organização como um todo alcance resultados melhores. Nesse sentido, uma gestão automática significa que são implantados métodos e tecnologias que fortalecem os vínculos entre as diferentes atividades na supply chain.

Nesse contexto, a gestão automática da cadeia de suprimentos sincroniza e conecta os seus elos por meio da tecnologia. Assim, as empresas passam a trabalhar de forma conjunta nos processos, integrando pedidos, notas, trocando dados etc. Isso significa, por exemplo, reduzir o tempo de resposta, eliminar falhas humanas, agilizar etapas e solucionar gargalos.

Como funciona a gestão automática da supply chain?

A automatização organiza a distribuição de produtos e fornece insights para tomadas de decisão mais precisas.Vamos ver três exemplos práticos de sincronização da cadeia de suprimentos.

Visibilidade

Promover a visibilidade significa dar ao gestor uma compreensão ao mesmo tempo ampla e detalhada do desempenho obtido nas atividades que compõem a cadeia de suprimentos. Em um modelo tradicional de gestão, isso muitas vezes é feito com base no feeling. Logo, o gestor precisa apostar as fichas na própria experiência para avaliar se tudo está acontecendo conforme o planejado.

No modelo de gestão automática, não há espaço para esse tipo de incerteza que, muitas vezes, gera falhas. Por meio da tecnologia, supervisores e gerentes têm acesso a indicadores de estoque e vendas. Assim, cada decisão tomada passa a estar embasada em dados confiáveis, como giro de estoque, disponibilidade em gôndola, vendas etc.

Um dos resultados mais palpáveis que essa mudança oferece é o aumento das vendas e, consequentemente, da rentabilidade. O foco, como mencionamos no início do artigo, está na demanda do consumidor final. Além disso, mais visibilidade significa tomar decisões mais assertivas, já que é possível, por exemplo, identificar oportunidades e melhorar a gestão de mix de produtos.

Nesse sentido, as soluções adotadas otimizam a troca de informações entre o varejo, os distribuidores, a indústria e outros possíveis canais de venda, como o e-commerce. Isso nos leva ao segundo pilar da gestão automática de supply chain.

Integração

Uma cadeia de suprimentos eficiente não pode depender diretamente de tomadas de decisão dispersas, independentes entre si. Toda etapa deve ser pensada a partir de um ponto de vista comum, já que os objetivos das empresas parceiras, na prática, são os mesmos: atender às demandas do consumidor, reduzir custos, aumentar a produtividade etc.

A automatização desse processo envolve uma solução de integração de dados eletrônicos (EDI). Sua função é permitir que as empresas trabalhem de forma mais aproximada, trocando pedidos, informações logísticas e financeiras e outros dados relevantes para o sucesso da supply chain.

Em vez de adotarem uma comunicação por e-mail, por exemplo, elas podem desenvolver um processo integrado por meio de softwares. Trata-se de uma forma de sistematizar o trabalho coordenado, promovendo o alinhamento entre os diferentes players envolvidos.

Por isso, integração é a palavra-chave no que tange à comunicação. Ela é parte do alicerce da gestão automática ao otimizar a troca de informações entre os setores de compras, vendas, fiscal e financeiro, além das operações da logística como um todo e dos parceiros (fornecedores e clientes do varejo).

Planejamento e reposição

O terceiro pilar da gestão deve ser a garantia de um processo de reposição alinhado à demanda do consumidor. As decisões de quanto e quando comprar, por exemplo, devem ser ditadas por um sistema que monitora os volumes de estoque e faz cálculos precisos baseados na demanda real (sell-out).

Existem soluções que fazem esse trabalho, processando os dados e dizendo a quantidade ideal de produtos que precisa ser reposta e os locais de estoque para onde devem ser enviadas. E isso pode ser feito no nível interno do varejo e entre os elos.

O que há de tecnologias inovadoras para otimizar a supply chain?

A tecnologia, como mostramos até aqui, desempenha um papel de protagonismo nessa evolução pela qual a supply chain está passando. Indo além, ela mostra, por meio das principais tendências para os próximos anos, que muito ainda pode ser feito para otimizar os processos nas empresas.

Veja a seguir exemplos de inovação que já estão causando impactos extremamente positivos na cadeia de suprimentos.

Inteligência Artificial

O conceito de Inteligência Artificial (IA) faz referência à capacidade das máquinas de, simulando o comportamento da mente humana, solucionar problemas e executar tarefas com mais eficiência. Isso exige que o sistema seja capaz de interpretar dados, considerar hipóteses, elaborar estratégias etc.

Na cadeia de suprimentos, a IA ajuda a prever demandas e planejar novas aquisições. Sua utilização ocorre por meio de um software especializado que ajuda a automatizar as relações entre os elos da supply chain.

Em outras palavras, o próprio sistema é capaz de identificar a necessidade de ressuprimento e faz isso sem intervenção humana.

Machine Learning

O conceito de Machine Learning, ou aprendizado de máquinas, está dentro do conceito de Inteligência Artificial na qual o software é capaz de aprender com as próprias análises. Grosso modo, ele cruza dados, identifica padrões e, a partir disso, desenvolve formas mais eficientes de realizar uma atividade ou função.

Abastecendo esse sistema com um grande volume de dados, é possível implementá-lo na supply chain para oferecer insights sobre como otimizar seus processos. A Ciência de Dados (Data Science) é outro conceito que pode ser aplicado em parceria com um software de Machine Learning para prover resultados melhores.

Resumidamente, estamos falando de uma área interdisciplinar que visa o estudo dos dados (estruturados ou não) para fornecer estratégias mais eficazes de extração de conhecimento e insights.

Em ambos os casos, são formas de repensar a execução das atividades na cadeia de suprimentos. Por meio da tecnologia, é possível não só identificá-los, mas sistematizar a prática de levantar dados, transformá-los em informações relevantes e tomar decisões mais efetivas no dia a dia da supply chain.

Isso nos leva aos benefícios da gestão automática para o setor.

Quais são os benefícios da gestão automática da cadeia de suprimentos?

Mudanças estruturais dessa magnitude têm impactos complexos e criam oportunidades valiosas para as empresas. Avaliar sua viabilidade, no entanto, passa inevitavelmente pela questão financeira — e, nesse caso, o saldo é positivo.

Otimização do caixa

As principais vantagens do supply chain incluem reduções nas perdas de vendas e nos excessos de estoque — dois fatores essenciais para quem almeja atingir bons resultados. Vale destacar que um estoque saudável garante o movimento do capital de giro, um bom indicador financeiro para a empresa.

Somado a isso, a tecnologia permite que os gestores e administradores da empresa tomem decisões baseadas em dados no dia a dia da produção. Os impactos positivos se estendem, então, aos parceiros do varejo, que também ganham em eficiência operacional.

Mais visibilidade

Na prática, a automatização da cadeia de suprimentos dá maior visibilidade aos processos. Do início da produção, passando pelo estoque e chegando às vendas, as informações coletadas permitem identificar problemas e tratá-los em tempo hábil.

Ao mesmo tempo em que os gestores ficam atentos às necessidades da empresa, eles acompanham o sell-out e buscam resultados melhores para o varejista. Trata-se de o uso de informações concretas no momento certo para embasar decisões que evitam gargalos e aumentam as vendas, por exemplo.

Maior precisão e capacidade de resposta

O uso inteligente dos dados coletados na cadeia de suprimentos não promove simplesmente uma resposta adequada a situações pontuais. Um ponto importante é justamente a possibilidade de agir de maneira estratégica em resposta às novas demandas do mercado.

A automatização torna a empresa mais flexível. As variações na demanda dos clientes, por exemplo, não pega a produção de surpresa. Mesmo com momentos de alta ou queda nos números dos pedidos, os gestores estão sempre um passo à frente, prontos para garantir uma produção sob medida.

Inovação estratégica

Inovar é palavra de ordem no mercado, mas não é algo a ser feito de qualquer forma. A transformação digital mostra que o sucesso da entrada da tecnologia depende, por exemplo, de uma convergência entre ferramentas e métodos. Cada vez mais, os setores devem se comunicar efetivamente, buscando juntos os objetivos do negócio.

A cadeia de suprimentos está posicionada no coração das relações entre indústria e varejo. Consequentemente, automatizá-la viabiliza a inserção de outros mecanismos inovadores — sejam tecnologias, métodos ou processos.

A transparência expõe pontos a serem melhorados e oportunidades para inovação. Ao mesmo tempo, ela dá aos executivos as informações necessárias para ações estratégicas frente às demandas do mercado.

Novas abordagens sobre os mesmos produtos e serviços podem criar um diferencial frente à concorrência. Vale destacar, portanto, a importância de adotar a inovação como parte da cultura empresarial.

Afinal, o mindset dos profissionais deve ser trabalhado para que eles se apropriem das novas tecnologias e tirem proveito delas.

Como implantar a gestão automática da cadeia de suprimentos no meu negócio?

É importante ter em mente que a automatização da gestão de supply chain depende da integração de processos e atores envolvidos. Logo, desde o primeiro passo, é fundamental envolver fornecedores e clientes na implantação de qualquer medida.

Veja a seguir as principais ações a serem tomadas.

1. Invista em tecnologia especializada

Uma solução de gestão de cadeia de suprimentos é essencial. Sem ela, não há como levantar dados realmente confiáveis, nem mesmo sistematizar o compartilhamento e uso dessas informações. Por isso, procure uma solução eficiente, com fornecedor de boa reputação e que atenda às suas necessidades específicas.

É preciso garantir, por exemplo, meios de coletar os dados de sell-out diariamente. Assim, é possível manter a reposição nos pontos de venda e a flutuação adequada dos níveis de estoque.

2. Alinhe os objetivos com fornecedores e clientes

Desde a compra da matéria-prima até a distribuição dos produtos, todos os atores devem ser envolvidos nos processos. Isso exige, por exemplo, a adoção dos mesmos softwares para troca de informações.

Devem ser estabelecidas também algumas políticas de comunicação, para que os dados necessários sejam compartilhados com fornecedores e clientes. Da mesma forma, sua empresa deve ter acesso aos dados de sell-out e outros indicadores dos pontos de venda.

3. Monitore o desempenho da cadeia de suprimentos

Tanto colaboradores quanto setores inteiros devem ser avaliados para que sua produtividade seja a mais próxima possível do cenário ideal. É claro que não há como garantir a perfeição entre o planejamento e os resultados reais, mas é o monitoramento que permite propor e executar estratégias de melhoria.

Se as variações nas vendas são identificadas, mas os gargalos na produção impedem que a empresa trabalhe com a devida flexibilidade quando a demanda aumenta, isso será registrado e estudado. Quanto mais visibilidade o gestor tiver sobre a cadeia de suprimentos, maior será o seu poder de resposta.

4. Promova treinamentos

Investir na capacitação dos profissionais é a melhor forma de tirar proveito das oportunidades que a tecnologia oferece. Um software de gestão de estoque pode ser abrangente e contar com uma infinidade de funções e ainda assim ser pouco produtivo sem pessoas aptas a fazer bom uso dele.

O compartilhamento de conhecimento é fundamental quando lidamos com tecnologias inovadoras. Na cadeia de suprimentos, isso significa integrar setores e, consequentemente, é importante que os líderes entendam o máximo possível das atividades da empresa.

Se quer entender melhor como essas soluções tecnológicas podem ajudar sua empresa, entre em contato com a Neogrid e fale com nossos especialistas!

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