Índice de ruptura do ovo registra primeira queda do ano em maio de 2025

O Índice de Ruptura da Neogrid, que mede a falta de produtos nas gôndolas dos supermercados brasileiros, registrou alta pela primeira vez em 2025, fechando o mês de maio em 12,3%. A variação representa um aumento de 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação a abril, quando o indicador alcançou seu menor nível dos últimos 12 meses (12%). A elevação ocorre depois de quatro meses consecutivos de queda. 

“Esse aumento, ainda que modesto, já era uma possibilidade esperada como reflexo de um período prolongado de queda“, explica Robson Munhoz, diretor de Relações Corporativas da Neogrid. “As oscilações são comuns em mercados dinâmicos e evidenciam a necessidade de monitoramento constante e estratégias ágeis para equilibrar estoques, garantir reposição eficiente e evitar impactos negativos para o consumidor final. 

Categorias que se destacaram em maio de 2025 no Brasil: 

Aumento de ruptura: 

  • Açúcar: de 7,9% para 10,4%;
  • Café: de 9,7% para 9,8%; 
  • Azeite: de 7,2% para 7,4%; 

Diminuição de ruptura:  

  • Ovos: de 24,1% para 20,4%; 

Ovos de aves 

A categoria registrou queda de 3,7 p.p. ante abril, passando de 24,1% para 20,4% em maio. Paralelamente, todos os tipos de ovos de aves – galinha e codorna – monitorados apresentaram retração nos preços. O valor médio das embalagens de ovos brancos recuou de R$ 14,24 em abril para R$ 12,83 em maio, enquanto as de ovos caipiras caíram de R$ 16,39 para R$ 14,92 em igual período. 

De acordo com Munhoz, a queda nos preços era algo esperado após o período da Páscoa, quando a Quaresma impulsiona o consumo da proteína como alternativa à carne bovina. “A expectativa é de que a estabilidade siga nos próximos meses, desde que não haja impactos climáticos ou econômicos significativos que afetem a produção”, ressalta.

Variações de preço por tamanho de embalagem (6, 12, 20 e 30 unidades): 

Açúcar 

A ruptura do açúcar registrou alta pelo segundo mês consecutivo, subindo de 7,9% em abril para 10,4% em maio – um avanço de 2,5 p.p. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a piora na qualidade da matéria-prima tem impactado a produção no país.

Quanto aos preços por quilo, o açúcar refinado se manteve estável, com valor médio de R$ 4,76. Já o tipo cristal assinalou leve queda, passando de R$ 4,43 em abril para R$ 4,26 em maio. O açúcar mascavo teve a maior variação, recuando de R$ 20,78 para R$ 16,64 no período. Uma das possibilidades para a queda do preço no Brasil seria o aumento da oferta global, impulsionado por uma produção recorde na Tailândia, o que pressionou os preços internacionais para o menor nível em quatro anos. Além disso, a valorização do dólar frente ao real contribuiu para a desvalorização da commodity em reais, afetando negativamente as margens dos produtores brasileiros. 

Azeite 

Com um incremento de 0,2 p.p., a ruptura do azeite fechou o mês de maio em 7,4%. No que se refere a preços por litro, os tipos virgem e extravirgem sofreram queda de 6,8% e 3,8%, respectivamente. 

Variações de preço do azeite: 

Café 

Já o café manteve estabilidade em maio, com uma discreta variação de 9,7% para 9,8%. O cenário de preços, no entanto, segue em patamares elevados, com o quilo do café em pó subindo de R$ 76,51 em abril para R$ 79,91 em maio, e refletindo os impactos acumulados da entressafra. Já o café em grãos apresentou leve queda, recuando de R$ 129,78 para R$ 127,84. 

O que é ruptura? 

Ruptura é um indicador que mostra a porcentagem de produtos em falta em relação ao total de itens de uma loja considerando o catálogo total de produtos. Por exemplo: se um varejo vende 10 marcas de água mineral de 500 ml e uma delas está sem estoque, a ruptura desse produto é de 10%. Calculado com base no mix de cada loja, o índice não considera o histórico de vendas e independe da demanda. 

Outro exemplo de ruptura pode ser observado quando o arroz parboilizado deixa de estar disponível no estoque da loja e outros tipos, como o integral, agulhinha ou arbóreo, continuam disponíveis. Em todos os casos, o termo “estoque” considera todo o espaço físico do varejo, incluindo a gôndola e o local de armazenagem para produtos ainda não disponíveis na prateleira. 

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