
Novo levantamento da Neogrid mostra que o preço médio do produto aumentou em todo o país, seguido por café (7%) e carne suína (2,6%)
O consumidor brasileiro pagou mais caro pelo ovo em fevereiro. É o que revela o novo levantamento “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, realizado pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados especializado em soluções para a gestão da cadeia de consumo. Segundo o novo estudo, o preço médio da proteína registrou alta de 23,3%, passando de R$ 0,93, em janeiro, para R$ 1,15 no último mês.
“O aumento expressivo no preço dos ovos reflete um cenário de oferta restrita, impulsionado por fatores como condições climáticas adversas que prejudicam a postura de ovos e a elevação dos custos de produção”, explica Anna Fercher, coordenadora de atendimento ao cliente e dados estratégicos da Neogrid. “A demanda tem se mantido aquecida tanto no mercado interno quanto no externo, o que pressiona ainda mais os preços. Nos próximos meses, poderemos ver essa tendência intensificada pela sazonalidade da Quaresma, período em que o consumo do produto cresce significativamente.”
Além dos ovos, o preço médio do café em pó e em grãos apresentou um incremento de 7%, saindo de R$ 58,68 no início do ano e chegando a R$ 62,78 em fevereiro. Em seguida, destaca-se a carne suína, que voltou a subir no último mês, com um aumento de 2,6% em relação a janeiro. Nos últimos três meses, o preço da proteína mostrou oscilações: em dezembro de 2024, o valor médio era de R$ 20,79, caindo para R$ 19,64 em janeiro e alcançando R$ 20,16 em fevereiro.
O leite, tanto na versão em pó quanto UHT, também observou um leve aumento de preço – com variações de 0,8% e 0,3%, respectivamente. Por outro lado, as categorias com as maiores quedas no valor médio entre janeiro e fevereiro foram: feijão (-7,0%); óleo de soja (-5,8%); farinha de mandioca (-5,1%); arroz (-4,0%); e carne bovina (-3,7%).
Maiores altas no Brasil em 2025
No acumulado do ano até fevereiro, os ovos lideram as variações de aumento de preços em todo o país – o produto teve alta de 25,9%, passando de R$ 0,91, em dezembro de 2024, para R$ 1,15 neste último monitoramento. Em segundo lugar, aparece o café em pó e em grãos (16,5%), seguido por água mineral (1,8%), leite em pó (1,3%) e xampu (0,6%).
Variações de preços em dezembro no Sudeste
Na região Sudeste, as maiores variações de alta de preço ocorreram nas seguintes categorias: ovos (26,7%); café em pó e em grãos (6,4%); carne suína (5,8%); água mineral (2,0%) e leite em pó (1,4%). Já as principais quedas se concentraram nestas categorias: feijão (-7,5%); óleo de soja (-5,1%); carne bovina (-5,0%); desinfetante (-4,4%) e arroz (3,7%).
Variações de preços em dezembro no Nordeste
Na região Nordeste, as maiores variações de alta de preço ocorreram nas seguintes categorias: ovos (15,0%); café em pó e em grãos (7,2%); pão (2,4%); sabonete (1,5%) e papel higiênico (0,9%). Já as principais quedas se concentraram nestas categorias: óleo (-6,5%); feijão (-5,5%); arroz (-4,7%); creme dental (-4,0%) e farinha de mandioca (-3,8%).
Variações de preços em dezembro no Sul
Na região Sul, as maiores variações de alta de preço ocorreram nas seguintes categorias: ovos (15,7%); café em pó e em grãos (11,5%); leite UHT (2,6%); farinha de mandioca (1,8%) e leite em pó (1,3%). Já as principais quedas se concentraram nestas categorias: feijão (-7,3%); legumes (-6,6%); sal (-5,2%); arroz (-4,3%) e água sanitária (-4,2%).
Variações de preços em dezembro Centro-Oeste
Na região Centro-Oeste, as maiores variações de alta de preço ocorreram nas seguintes categorias: ovos (7,6%); café em pó e em grãos (5,1%); leite UHT (2,6%); sal (0,9%) e pão (0,2%). Já as principais quedas se concentraram nestas categorias: massas alimentícias secas (-9,0%); detergente líquido (-6,9%); óleo de soja (-6,9%); xampu (-6,8%) e água mineral (-6,8%).
Variações de preços em dezembro no Norte
Na região Norte, as maiores variações de alta de preço ocorreram nas seguintes categorias: ovos (19,0%); café em pó e em grãos (6,9%); sabão para roupa (2,4%); leite em pó (1,6%) e cerveja (1,5%). Já as principais quedas se concentraram nestas categorias: farinha de mandioca (-7,2%); papel higiênico (-7,1%); molho de tomate (-6,7%); óleo de soja (-6,5%) e arroz (-5,8%).