Março de 2021 – Após quatro meses consecutivos em alta, a ruptura, índice que mede a falta de produtos nas prateleiras dos supermercados, fechou fevereiro em queda. Conforme aponta estudo exclusivo desenvolvido pela Neogrid (www.neogrid.com.br), empresa especializada na sincronização da cadeia de suprimento, a ruptura que em janeiro alcançou 12,49% caiu para 11,45% em fevereiro.
Ao analisar histórico da ruptura ao longo do último ano, pode-se notar que o índice vinha em uma crescente desde setembro de 2020 e em janeiro estava próximo de retomar o patamar de maio do ano passado, o maior índice do último ano, no auge da pandemia. Porém, em fevereiro, o varejo e a indústria deram sinais de uma possível retomada e o índice baixou novamente.
De acordo com Robson Munhoz, CCO da Neogrid, a ruptura tão alta no varejo nos últimos meses era reflexo de problemas na indústria que não estava tendo acesso a toda matéria-prima que precisava (principalmente, papel, vidro e alumínio) e que com isso não conseguia entregar para o varejo, em tempo hábil, gerando a falta de produtos nas prateleiras e gôndolas dos supermercados.
“Essa queda de um ponto percentual na ruptura pode ser o primeiro indício de uma melhora na cadeia de abastecimento, começando pela indústria. Conversando com os varejistas, o que eles perceberam foi uma melhora no abastecimento focada principalmente em lata (alumínio) e vidro. Isso mostra que a indústria de bebidas está trabalhando bem e puxando a ruptura para baixo. É importante acompanharmos nos próximos meses”, explica o executivo.
Cerveja – No final de 2020 a categoria cerveja alcançou os maiores índices de ruptura dos últimos anos. Pela falta de alumínio e vidro para embalar a bebida alcoólica preferida dos brasileiros, a ruptura da cerveja que em média é de 10% chegou a 19,45% em novembro de 2020 e 19,90% em janeiro deste ano. Porém, em fevereiro, essa ruptura caiu para 16,12%. Ainda alta se comparada à média, mas em queda comprovando a melhora no abastecimento de matéria-prima.