A menos de um mês para a Páscoa — celebrada este ano no próximo dia 17 —, a indisponibilidade de ovos de chocolate e de chocolate nas gôndolas dos supermercados é maior que a registrada em 2021.
É o que mostra o índice de ruptura do Neogrid, empresa especializada em soluções para a gestão da cadeia de suprimentos. O indicador mede a indisponibilidade nas gôndolas das maiores redes varejistas do país, dentro da base de dados da empresa.
Segundo levantamento da Neogrid, chocolates e ovos de chocolate registraram maior indisponibilidade este ano, conforme a proximidade da Páscoa, na comparação com 2021. Ao todo, foram analisados 18 varejos no país nos períodos de 13 de fevereiro 4 de abril de 2021 e de 3 de 16 de fevereiro a 22 de março deste ano.
A análise considerou duas categorias de produtos: chocolates e ovos de Páscoa. A comparação entre elas mostra que os itens de Páscoa não estão mais tão presentes nos carrinhos dos consumidores, mas que a opção pelos chocolates menores, a famosa “lembrancinha”, segue no comportamento dos brasileiros.
A ruptura dos chocolates, sem considerar os ovos de Páscoa, aumentou em 2022 se comparado a 2021:
A 50 dias do evento, o índice de ruptura em 2022 foi de 11%. Na comparação com 2021, o indicador apontava menos falta de produtos nas prateleiras das lojas e supermercados neste mesmo período. Na época, 7,6% era o número que indicava a falta de produtos para a venda no ano passado.
Além disso, os dados demonstram que a aproximação com a data modificou a diferença deste indicador, na comparação entre os dois anos. Para se ter ideia, a um mês da Páscoa, a variação de ruptura entre 2021 e 2022 foi de somente 0,1%. A 26 dias da Páscoa, 8,8% é o índice de ruptura, enquanto 8,7% era a quantia computada no mesmo período do ano passado.
O levantamento constatou ainda uma menor venda de chocolate a 26 dias da Páscoa, em comparação com 2021. O estoque, por outro lado, é praticamente o mesmo em 2021 e 2022.
“Os dados que temos mostraram que o varejo não apostou nos ovos de Páscoa este ano como apostou em anos anteriores – além de apresentar ovos menores, trouxeram também menos opções, uma tendência que temos observado já de antes da Páscoa. E a ruptura alta de chocolates [bombons e barras] corrobora dados da HORUS de que este será a Páscoa das lembrancinhas”, afirma Rodrigo Leão, Chief Marketing Office da Neogrid.
A Horus é uma startup de inteligência de mercado com foco em dados de consumo e integra o sistema de empresas adquiridas pela Neogrid. Esses dados, com base no monitoramento de notas fiscais, apontam que o ticket médio do consumidor com ovos de Páscoa este ano deve ficar pouco acima dos R$ 40. O preço médio por quilo do produto ficou próximo de R$ 200, o que indica a escolha por ovos menores, mais baratos e de marcas mais em conta.
Ovos de Páscoa mais ‘salgados’ em 2022 – Um levantamento divulgado na semana passada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) apontou que os ovos de Páscoa estão até 40% mais caros este ano relação a 2021.
“O chocolate da Páscoa ficou mais caro em todo o mundo com a alta dos preços do cacau no mercado internacional. Por aqui, com o dólar a quase R$ 5 e inflação em alta, a solução da indústria foi diminuir a oferta de ovos de Páscoa compensando no peso [menor] do produto. A matéria-prima mais cara também ajudou a aumentar o preço dos ovos”, complementa Leão.
Isso também ajuda a explicar o aumento da ruptura do chocolate, uma vez que, com ovos de Páscoa mais caros, a tendência é que o consumidor substitua o produto por bombons e barras de chocolate, mais acessíveis e de fabricação mais barata.
Para mais informações, acesse o site da Neogrid.
SOBRE A NEOGRID (https://neogrid.com)
A Neogrid é uma empresa de tecnologia e inteligência que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo. Há 24 anos no mercado, construiu um ecossistema de dados e negócios que conecta varejos, indústrias e distribuidores no Brasil e nos mercados mais competitivos do mundo. Com cases de sucesso em empresas de grande porte, tem como principal objetivo aumentar as vendas e a rentabilidade das empresas.
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