Ao passar por uma crise como a que hoje vivemos, o padrão de consumo se alterou de uma forma tão rápida que pegou de surpresa a manufatura e os varejos. Empresas que não se prepararam para o atendimento omnichannel foram diretamente afetadas. Isso porque um número grande de consumidores migrou o modus operandi de ir até uma loja, para efetuar compras em portais de internet.
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Essa alteração de comportamento ditará um novo modelo de compras, que antes não vivia um melhor momento. Pessoas de idades mais avançadas, que se preocupavam com a “pouca segurança” em um processo de compra online, hoje as praticam.
Após esse momento delicado, teremos milhões de pessoas convencidas de que o modelo de compras online não tem todos esses riscos que, por anos, foram permeados nas mesas de jantar das famílias tradicionais.
Mas, olhando esse cenário, quais impactos esses novos comportamentos causam nas empresas?
Muitos negócios que viviam com modelos tradicionais de vendas com contato físico entre vendedor e cliente, sem se preocupar com a diversidade de canais de vendas e novos processos de atendimento, estão sofrendo. Elas precisam, em um curto espaço de tempo, se adaptar a esses novos modelos de negócios. Seria como aquela velha frase “trocar a asa do avião enquanto ele voa”.
Já empresas com um modelo de atendimento de multicanalidade não sofrem tanto. À medida que o consumo migra de comportamento, já respondem a esses novos aspectos de compras, de forma ágil e sem grandes impactos. Do outro lado, a indústria também tem um impacto grande em seus processos internos. Isso engloba aumento de demanda para o seu próprio e-commerce, ou por meio de marketplaces dentro dos portais dos varejos que inovaram. A demanda nos varejos tradicionais, por sua vez, diminui de forma agressiva ou até mesmo desaparece.
Quais os próximos passos dentro do novo padrão de consumo
Nesse momento, é reforçada a necessidade de obter o máximo de informação sobre o consumidor final e como seus clientes atuam nesse momento de crise.
A relação de sucesso entre indústria e varejo, em um momento como esse, nasce a partir do momento em que os dois parceiros de negócios decidem discutir em conjunto quais as melhores decisões para atuar dentro desses novos patamares de venda. Isso inclui processos como colaboração de vendas e estoques pelo lado do varejo. E a utilização dessa informação para tomada de decisão dentro da indústria, ajudando na diminuição de riscos por falta ou excesso de produtos, assim, com o maior alinhamento com a demanda real.
O setor de bens de consumo aqui tem vantagem em relação aos demais, pois já trabalha com compartilhamento de informações e discussões referente à venda na ponta há mais tempo. Porém, esse movimento é necessário para os demais setores, como agronegócios, farma, eletromóveis e outros. Principalmente, em um momento onde tudo está integrado e o comportamento do consumidor tem características de baixa previsibilidade.
Uma das práticas que pode auxiliar o sucesso em vendas é o processo de colaboração em decisões estratégicas. Isso significa, literalmente, quebrar a cultura errônea de sigilo de dados de vendas, e tanto varejo quanto as indústrias construírem o plano juntos. Analisando dados de sell-out, identificando e discutindo em conjunto ações baseadas na venda real.
Contudo, estar preparado para mudanças radicais, ter um processo colaborativo e ter a visão de que o consumidor final é quem faz a cadeia de suprimentos reagir. É o melhor caminho para que possamos superar e evoluir aproveitando os ensinamentos desse momento.
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