Dentro de uma organização, objetivos de projetos devem ser claros e factíveis para não torná-los inatingíveis. Lembramos assim do escritor e filósofo francês Voltaire, que disse: “o ótimo é o inimigo do bom”.
O ótimo significa a melhoria ou evolução do que já está bom; o bom é o que o que já existe e funciona ou atende em grande parte o que precisa ser entregue. Ao tentar chegar ao ótimo sempre, pode ser que nem o bom seja alcançado.
Trazendo esta abordagem ao ambiente de trabalho, projetos devem zelar pelo escopo proposto, sendo sempre claro e factível para todos os níveis; todos precisam saber que aquele projeto visa aprimorar determinado ponto, através de ferramentas e processos que serão entregues como resultado do projeto.
Há uma parcela de risco significativa quando o escopo começa a mudar, para tentar resolver vários fatores fora do esperado, que vão sendo identificados ao longo da execução. Ao buscar “o ótimo”, ou seja, o enquadramento dos novos fatores no escopo do projeto original, geralmente ocorrem três efeitos:
1. Aumento do tempo para sua conclusão;
2. Aumento da complexidade de execução (por consequência, dos riscos também);
3. Aumento dos custos diretamente envolvidos.
O projeto então corre risco de não obter êxito, uma vez que agora precisa atuar sobre fatores desconhecidos, sendo que antes as variáveis eram visíveis e conhecidas.
Se em um projeto se depara com esta situação, deve-se considerar:
1. Recapitular o escopo! Antes de aumentá-lo, identificar se a mudança é benéfica e factível e quais impactos serão causados.
2. Mudanças gradativas e sólidas são melhores do que uma única grande mudança.
3. Considerar que para mudar uma pedra de um lugar é necessário um homem. Para mudar um rochedo de um lugar será necessário muitos homens e muitas máquinas. Será que não vale quebrá-lo em pequenas pedras e ir mudando-o aos poucos?
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