A área de varejo é muito ampla e diversificada em nosso país. Temos as grandes redes que têm alcance nacional, os pequenos negócios e mercados de bairro e ainda os players que estão somente no mundo digital. Todos eles produzem dados, mas nem todos sabem o valor da análise de dados no varejo.
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Cada cliente que entra na loja, cada produto que é comprado, carrega consigo informações valiosas: hábitos de consumo, preferências, qual produto fica mais (ou menos) tempo na prateleira, qual a forma de pagamento mais utilizada, a marca preferida, o sabor que tem mais saída e muito mais. Esses dados compõem a chamada big data, um dos conceitos mais importantes da Indústria 4.0.
Em tempos de omnichannel, todos esses dados vêm de diversas fontes. Os consumidores estão online e off-line. Indo às lojas e usando aplicativos. Fazendo compras no mundo real e no digital. Clicando em anúncios nas redes sociais e marcando suas marcas e empresas favoritas em postagens.
Independente do canal utilizado, quem compra sempre deixa para trás uma trilha valiosa de dados.
O varejista pode ter acesso a todas essas informações. Porém, não adianta apenas ter acesso aos dados: é preciso saber o que fazer com eles. A informação em si até tem valor, mas, sozinha, a big data não agrega nada. A grande questão é: como transformar estes dados em insights relevantes?
Desafios e dificuldades da análise de dados no varejo
Esse é um desafio e tanto por diferentes fatores: falta investimento em ferramentas que facilitem a coleta e organização desses dados. Também falta mão de obra especializada para operar essas ferramentas e tirar proveito dos dados obtidos.
Em alguns casos, falta até a coragem para se atualizar: o varejista conhece bem suas dores e dificuldades, mas tem medo de confiar em soluções tecnológicas que poderiam facilitar o seu trabalho. Tem receio de que, ao automatizar certos processos, as relações com fornecedores e clientes sejam comprometidas.
Ainda é muito comum, mesmo entre as grandes redes de varejo, que processos como emissão de pedidos e controle de estoque sejam feitos de maneira “manual”, não automatizada. Pode ser através de e-mails, planilhas ou até da boa e velha prancheta.
De fato, um estudo recente conduzido pela SAP SE em colaboração com a Oxford Economics demonstrou que, nas áreas de procurement e cadeia de suprimentos, 49% dos gestores ainda realizam a análise de dados manualmente para fundamentar a tomada de decisões.
Esse método não está necessariamente errado. Mas ele sem dúvida está defasado: cuidar disso manualmente é demorado. Pode atrasar todo o fluxo de gestão do negócio. Para piorar, essa abordagem também está muito mais sujeita a erros, uma vez que o olho humano não é infalível.
Estamos analisando o problema de maneira simplificada, mas ele pode escalonar muito rapidamente. Pense que, quanto maior o varejista, maior é o mix de produtos ofertados e também a quantidade de dados que podem ser obtidos. Com isso, aumenta a dificuldade em fazer um bom uso deles.
A importância da análise de dados
A big data que um varejista acumula de seus clientes precisa ser devidamente organizada e analisada para ser útil na prática. É da análise dos comportamentos e preferências do consumidor que vão surgir insights e soluções executáveis que impactam no volume de vendas.
Analisar todos esses dados ajuda a tomar decisões mais assertivas. Os dados fornecem informações bastante detalhadas sobre os hábitos de consumo dos clientes. Cabe ao varejista saber aproveitar essas informações na hora de tomar decisões.
Isso também se aplica aos produtos: acompanhando a performance de cada item comercializado, fica mais fácil evitar rupturas, aumentar o giro de determinados SKUs, aumentar (ou diminuir) a visibilidade no PDV, o volume do estoque, ou mesmo definir estratégias para alavancar as vendas de produtos que estão com pouca saída.
Ao cruzar a big data dos clientes com os dados dos produtos e dos distribuidores, cria-se um panorama muito rico, que deve ser estudado e explorado a fim de que as decisões tomadas tragam os melhores resultados.
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Como otimizar a análise de dados?
Lembra dos 49% de gestores que ainda analisam dados manualmente para tomarem decisões? Pois bem, as escolhas deles até podem ser embasadas e assertivas, mas demoram mais para chegar.
O mercado é dinâmico, está o tempo todo mudando. O varejista precisa ser capaz de ler e interpretar rapidamente todos os dados de que dispõe se quiser aproveitar ao máximo cada oportunidade. É preciso agir no ritmo do consumo.
Nessas horas, agilidade é fundamental. É para isso que existem plataformas digitais que automatizam o processo e deixam toda a parte que seria burocrática e demorada muito mais eficiente.
A tecnologia é fundamental para trazer mais dinamismo e aumentar a produtividade do varejo. E também pode ser uma grande aliada na tomada de decisões. Quando a máquina cuida da parte mais laboriosa, a expertise humana pode se focar na parte que realmente importa: a resolução dos problemas.
É fato que as novas tecnologias podem ajudar no gerenciamento do varejo. Também é incontestável o poder transformador que a análise de dados tem para o varejista que sabe utilizá-la de maneira inteligente. Agora é com você: seu negócio está preparado para tirar proveito de tudo isso?