Realizar a gestão de mercadorias nos centros de distribuição, distribuidores e lojas é um dos grandes desafios da indústria e do varejo. Mas vencer esse obstáculo é possível por meio da análise de indicadores para gestão de estoque.
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O monitoramento dos resultados é uma ação essencial para o aperfeiçoamento das tarefas e correção de falhas. Investir nessa estratégia ajuda a manter o estoque equilibrado e pronto para atender à demanda de seus clientes.
Confira os indicadores para a gestão de estoque
Neste texto, separamos alguns dos principais índices que você deve analisar para fazer a reposição adequada de produtos nos pontos de venda e aumentar a competitividade do seu negócio. Vamos lá?
1. Giro de estoque
A primeira coisa que você precisa saber é que a gestão de estoque tem tudo a ver com rentabilidade. Afinal, produtos parados, com baixo giro e em excesso nos CDs e lojas representam capital imobilizado. Do mesmo modo, a falta de estratégia na distribuição desses produtos prejudica as vendas.
Por esse motivo, o giro de estoque é um indicador indispensável. Com ele, é possível identificar quais os produtos com maior e menor procura e, com isso, planejar estratégias para direcionar a distribuição e as vendas, seja por meio de promoções ou de campanhas de marketing.
O giro de estoque também representa a quantidade de vezes que o capital investido na compra dos produtos foi recuperado por meio das vendas, ou seja, quantas vezes esse estoque é consumido e precisa ser reposto em um determinado período.
Quanto maior é o giro de estoque de um negócio, maiores serão os lucros alcançados. Isso demonstra sua capacidade de atender às demandas de seu cliente e de concretizar bons negócios.
2. Ruptura de estoque
O indicador de ruptura de estoque é outro que merece muita atenção dos gestores. Como você sabe, todo o funcionamento de uma empresa deve ser pautado na demanda do consumidor e, por isso, é necessário garantir que jamais falte produtos nas gôndolas.
Esse indicador indica a porcentagem de produtos em falta comparada ao total de itens disponíveis na loja — de acordo com o mix de produtos que deve ser disponibilizado ao cliente.
Pareceu confuso? Vejamos um exemplo: se o seu supermercado vende 10 marcas diferentes de leite integral e a marca “A” está em falta no estoque, a ruptura do produto é de 10%.
Essa situação tem várias causas e pode desencadear uma série de problemas à empresa, como a perda de vendas e a insatisfação da clientela — já que ele não encontrará a sua marca preferida na prateleira.
Para evitar esse problema e garantir a disponibilidade dos produtos, a indústria e o varejo devem adotar estratégias eficientes e apostar no apoio da tecnologia. Afinal, visitar todos os estoques e realizar a conferência pessoalmente não é nada produtivo, não é mesmo?
Portanto, é preciso acompanhar de perto esse indicador e investir em uma boa solução. Isso o ajudará a alinhar demanda, distribuição e reposição dos estoques, evitando o risco de ruptura.
3. OSA
O indicador OSA (On Shelf Availability) mostra a disponibilidade de um produto em gôndola de acordo com a expectativa de vendas e o seu histórico em um determinado período, entre outros fatores considerados nos cálculos de seus algoritmos preditivos.
O OSA possibilita ainda identificar os motivos das faltas (se de execução de loja ou logística) e saber quanto dinheiro é perdido devido à indisponibilidade – e, assim, apoiar a gestão e a distribuição das mercadorias para evitar que ocorram faltas e excessos de estoque.
4. Perdas no estoque
As perdas no estoque podem ser consideradas um dos grandes pesadelos de uma empresa e podem ser desencadeadas por diversas situações, como:
- excesso de estoque;
- furtos;
- falta de qualidade dos produtos;
- armazenamento inadequado;
- erros durante a movimentação.
Por causar grandes prejuízos ao negócio, é necessário ter esses dados sempre atualizados e organizados. Eles serão imprescindíveis para que o gestor tome providências e invista na melhoria da qualidade dos processos que desencadeiam essa falha.
5. Taxa de retorno
A taxa de retorno é um indicador que está intimamente ligado à logística reversa. Ele indica a quantidade de mercadorias que, depois de vendidas, retornou ao estoque.
O cálculo é relativamente simples: basta dividir o número de produtos retornados pelo número de vendas e multiplicar por 100. Em um cenário ideal, essa porcentagem deve estar sempre próxima de zero.
Com esse dado em mãos, é possível identificar os produtos com maior índice de devolução, classificar as causas desse problema e, claro, adotar estratégias para reduzi-lo.
6. Estoque Virtual
Este indicador aponta a diferença entre o estoque registrado no sistema transacional da empresa e o estoque físico, o que realmente está disponível em gôndola.
O estoque virtual acontece devido a razões como perdas, roubo, descarte, entre outros, e afeta diretamente o processo de reposição de produtos. Isso porque, sem saber que o item não está na gôndola, a reposição não é sugerida, já que o sistema aponta saldo positivo.
Em alguns casos, o contrário também acontece. O varejista deixa de fazer um pedido por acreditar que ainda o tem na loja. Isso acontece principalmente quando, ao passar as compras no caixa, a operadora usa apenas um produto para contabilizar itens que se repetem.
Por isso, é essencial analisar o estoque virtual para uma reposição assertiva de estoques.
Falar em gestão de estoque é falar em monitoramento de dados. Afinal, esse é o verdadeiro segredo para manter sua empresa rentável e competitiva no mercado.
O estoque é um local sensível de uma empresa e, via de regra, os erros cometidos em seu gerenciamento são fatais, especialmente no que diz respeito à satisfação da clientela e à manutenção das vendas aquecidas.
Desse modo, o que se pode concluir é que os indicadores para gestão de estoque apresentados neste post são a chave para que seu negócio alcance o sucesso e, claro, devem fazer parte do seu cotidiano.
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