Conheça os principais desafios da indústria no e-commerce

Já parou para pensar no quanto o e-commerce tem crescido no Brasil? Nosso consumidor está cada dia mais adepto às lojas virtuais e isso tem contribuído para mudanças em todo o contexto do mercado.

Em 2017, houve um aumento de 7,5% no faturamento do comércio eletrônico, o que se deve, principalmente, a uma logística eficiente e à capacidade desses negócios de disponibilizarem o produto conforme a demanda de seus consumidores.

E esses resultados positivos chamam a atenção não apenas dos varejistas. A indústria está atenta a todo o potencial do universo virtual e, apesar de alguns desafios, segue firme em busca de bons resultados.

Saiba mais a seguir!

A indústria no e-commerce

A manufatura enfrenta problemas históricos e estruturais para se manter competitiva. Com a alta carga tributária, problemas de infraestrutura e escassez de mão de obra qualificada, apostar em um universo que está além de seus galpões tem sido uma decisão inteligente.

Por esse motivo, já podemos observar uma atuação crescente da indústria no comércio virtual, seja em vendas B2B ou B2C. Os fabricantes estão abrindo suas próprias lojas virtuais, que podem estar abrigadas no site da marca ou em um ambiente exclusivo. Os setores calçadista e têxtil, por exemplo, exploram esse mercado com muita desenvoltura.

Então, além das dificuldades para montar seu próprio e-commerce, é preciso vender de maneira assertiva para os varejos online e isso exige algumas estratégias inteligentes.

Vale destacar que esse é um movimento estratégico da indústria. Quando repassa o produto para um distribuidor, sua margem de lucro é bem menor do que a alcançada pelo varejo com a venda ao consumidor final.

Sem intermediários, ela consegue trabalhar com uma margem maior e ainda estreita a relação com os clientes.

Essa tática tem atraído os olhares do consumidor brasileiro, visto que ele pode ter acesso a todo o mix de produtos da indústria, escolher com calma e receber em casa por um valor que tende a ser mais baixo do que o praticado pelo varejista.

Os desafios da indústria no comércio eletrônico

Para apostar no e-commerce, atendendo os representantes ao consumidor final, a indústria precisa superar muitos desafios, os quais demandam planejamento, eficiência e inteligência de mercado.

Estoques em níveis ideais

Garantir um estoque adequado tem sido um dos grandes desafios das indústrias no e-commerce. Afinal, é preciso se preparar para atender o canal de distribuição e a loja virtual própria.

O principal ponto aqui é evitar a falta de produtos e, ao mesmo tempo, impedir o excesso, pois as duas situações são ruins para a empresa. A primeira, além de causar perda de receita, pode fazer o cliente buscar um concorrente.

Já o excesso significa mercadoria parada no estoque, ou seja, prejuízo financeiro. E a indústria precisa atuar junto ao varejo virtual para resolver esses problemas.

Acompanhar o movimento nas lojas virtuais

Fazer um acompanhamento preciso e específico nas lojas virtuais, especialmente em relação ao preço, demanda e disponibilidade é mais um obstáculo enfrentado pela indústria que decide atuar no e-commerce.

Afinal, como definir melhores estratégias no e-commerce se você não tem noção de como seus produtos estão performando ou quais são os preços praticados nesses canais.

Garantir uma apresentação adequada

Diferentemente de uma loja física, o mercado virtual exige uma apresentação completa do produto. E aqui está outro grande desafio da indústria no e-commerce. Ainda é muito comum os sites apresentarem descrições incompletas ou erradas dos produtos.

A consequência disso é que os consumidores não encontrarão os produtos ou não se sentirão à vontade para comprá-los pela falta de informações completas. Então, conseguir monitorar essas inconsistências e corrigir-las é algo urgente.

Interesses comerciais

Outro desafio importante é a necessidade de equilibrar os interesses comerciais. A indústria não pode atropelar os interesses de seus varejistas e precisa dimensionar muito bem os conflitos que possam existir em seus canais de distribuição.

A ideia não é que a indústria tome o espaço do varejo no e-commerce. A atuação precisa ser muito planejada e embasada, pois todos podem (e devem) conviver em harmonia, de forma colaborativa, nesse ambiente.

No entanto, não há como ignorar que esse é um grande desafio. Fazer com que a indústria cresça no mercado online sem afetar suas vendas B2B é um objetivo que exige uma estratégia muito bem planejada e executada.

Dificuldades de falar com o consumidor final

Dialogar com o consumidor final é, também, um grande desafio da indústria no comércio eletrônico. Na prática, o varejista está mais próximo do cliente e, por isso, detém mais informações sobre suas preferências e demandas.

Falar com quem detém o poder de compra final não é fácil, especialmente para a indústria que sempre teve um foco muito específico em seus distribuidores.

As boas práticas do e-commerce para a indústria

A indústria ainda tem muito a evoluir no universo do e-commerce e, para isso, deve estar sempre atenta a tudo o que o comércio eletrônico tem a ensiná-la. Acompanhe algumas boas práticas que merecem ser incorporadas.

Uso de dados qualificados

Trabalhar com dados e métricas de desempenho é um dos grandes diferenciais do e-commerce para mensurar seu desempenho e sua capacidade de conquistar mais clientes.

Tudo pode ser medido na internet e, claro, a indústria deve aprender a utilizar essas informações a seu favor, seja para traçar novas estratégias, seja para definir um modelo comercial e até realizar um planejamento em longo prazo.

Eficiência da tomada de decisão

O e-commerce sabe aproveitar as oportunidades com eficiência, pois toma decisões rápidas e certeiras. Por contar com uma cultura baseada em dados, as decisões estratégicas são tomadas com mais rapidez e segurança. Um ótimo exemplo a ser seguido.

Dinamicidade

Quer coisa mais dinâmica do que o e-commerce? Para acompanhar as demandas e as tendências de mercado, ele está sempre pronto para mudar e se reinventar.

Nesse campo tudo evolui muito rápido, pois é preciso agradar o consumidor e proporcionar uma experiência de compra inesquecível. Ou seja, o foco é sempre o cliente e suas exigências atuais.

Como discutido neste post, o e-commerce é um mercado promissor e, com as estratégias adequadas, pode ser bem aproveitado pelos varejistas e pela manufatura. E não se trata de uma concorrência entre a indústria e seus parceiros. Pelo contrário, temos aqui mais um método encontrado pela manufatura para aumentar suas vendas e se manter competitiva no mercado.

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