Você já ouviu falar em make to availability (MTA)? Traduzido para o português como “produção para disponibilidade”, esse formato pode trazer bons resultados às empresas, especialmente aquelas que atuam no varejo e precisam atender às demandas constantes do consumidor.
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Em um contexto de alta competitividade e globalização, diversas empresas disputam a atenção do mesmo mercado. Essa ampla oferta, juntamente com os altos custos de produção faz com que as empresas busquem por novas metodologias para sobreviverem e se destacarem.
Continue a leitura para conhecer melhor o make to availability e descubra como ele pode ser aplicado em seu negócio!
O que é make to availability (MTA)?
Make to availability (MTA), ou produção para disponibilidade, é uma metodologia de gestão da produção que se baseia na ideia de garantir o imediato fornecimento de produtos sempre que necessário.
Ele surgiu como uma inovação ao sistema make to stock (MTS), ou produzir para estoque, que se mostrou insuficiente para atender às evoluções do mercado, principalmente no que se refere aos excessos e faltas de produtos nas gôndolas — problemas que se mostram fatais para o atual contexto empresarial.
Considerado um método da Teoria das Restrições (TOC), a MTA é contemporânea, mas ainda pouco discutida no mercado brasileiro e, por isso, é importante que os gestores se informem melhor e compreendam seus benefícios.
Em qual contexto surgiu o make to availability?
Para entender a utilidade do make to availabiliy é preciso analisar o contexto em que ele surgiu, já que há uma clara intenção de corrigir falhas de antigas metodologias e ampliar a competitividade empresarial.
Há alguns anos, a indústria operava apenas de acordo com o sistema de produção make to order (MTO), também conhecido como “produção para encomenda”, em que os produtos eram fabricados de acordo com a venda ao cliente final.
Com a evolução do mercado e da própria sociedade — mais consumista e exigente —, foi necessária a adoção do make to stock (MTS), conhecido como “produção para estoque”, que se resume em produzir para atender a demandas futuras, formando um estoque.
Assim, tínhamos duas situações: a venda ao consumidor e, em seguida, a produção (MTO) ou a produção para, posteriormente, concluir a venda ao cliente (MTS). Como você sabe, a manutenção de um estoque envolve altos custos e há o desafio de equilibrar a produção para que não faltem ou sobrem produtos.
Com isso, as empresas passaram a buscar uma produção mais rápida com o objetivo de reduzir os níveis de estoque e o prazo de distribuição para que, assim, fosse possível produzir sob demanda de uma maneira mais acertada.
Para que serve o MTA?
As empresas contemporâneas possuem um grande desafio a superar: é preciso produzir em um ritmo adequado, evitando rupturas e excesso de mercadorias. Isso é ainda mais expressivo quando observamos as principais exigências do mercado atual:
- um bom mix de produtos;
- inovação e customização;
- baixo nível de estoque;
- redução de custos.
O make to availibility surgiu para ajudar as empresas a produzirem de maneira estratégica, gerenciando o ambiente de produção para estoque de maneira eficiente e competitiva — o que, atualmente, é uma necessidade real do mercado.
Portanto, ele serve para garantir a alta disponibilidade de produtos e, ao mesmo tempo, reduzir os níveis de estoque. Isto é, se baseia no compromisso de manter uma boa disponibilidade de itens, capaz de atender a demanda assim que ele surge.
Como o método pode ser aplicado?
Quando falamos em make to availibility, logo se percebe dois elementos básicos. Em primeiro lugar, deve-se investir em uma boa análise de dados para se definir o público-alvo, a demanda do mercado e firmar o compromisso de disponibilidade dos produtos. Em segundo lugar, temos o elemento operacional, já que, depois de assumido o compromisso, a produção deve ser capaz de cumpri-lo.
A questão é: como esse método é aplicado dentro do cotidiano das empresas, em especial na indústria e no varejo? Entenda melhor a seguir!
Planejamento e controle da produção (PCP) em ambientes MTS
Dentro de um ambiente que opera de acordo com o sistema MTS (produção para estoque), o MTA contribui para que o planejamento da produção seja mais preciso e coerente.
Conforme visto, a intenção do método é controlar o estoque sem que isso afete a disponibilidade do produto. Com isso, ele atua para tornar a produção adequada à demanda do mercado, em especial ao consumo no ponto de venda.
Garantia de produtos acabados aos clientes
Por meio da metodologia de gerenciamento do pulmão (GP), o MTA mantém uma proteção à disponibilidade, que é o estoque de produtos acabados disponíveis. A ideia é assegurar que o “pulmão” não fique em um nível muito baixo a ponto de não conseguir suprir a demanda do consumidor.
Trabalha-se com níveis de emergência para que a produção seja suficiente para repor as mercadorias sem desencadear rupturas nos pontos de vendas. Para isso, é comum a atualização de um esquema de cores, como no exemplo abaixo:
- verde — estoque de produtos acabados é igual ou superior a 2/3 do nível ideal;
- amarelo — estoque de produtos acabados está entre 2/3 e 1/3. Por isso, esses produtos recebem prioridade em relação aos classificados como verde na linha de produção;
- vermelho — estoque de produtos acabados é inferior a 1/3 do nível ideal. Em geral, isso representa um alto risco de ruptura e requer ações imediatas.
Pedidos de reposição
A reposição de produtos por meio da metodologia MTA se baseia no acompanhamento da demanda e em previsões. Nesse caso, o fluxo de liberação do estoque é monitorado para que a carga contenha as ordens de reposição planejadas e, também, possíveis demandas emergenciais — como em datas sazonais.
Vale ressaltar que estoque e tempo de reposição são conceitos que caminham lado a lado nesse sistema. Quanto menor o tempo necessário para repor um produto, melhores devem ser o planejamento de estoque, a logística empresarial e as projeções sobre a demanda. Com isso, sempre que um pedido é realizado, a mercadoria já está à disposição.
O make to availibility é uma metodologia que traz vantagens ao sistema produtivo do atual, pois surgiu para contribuir para a competitividade e crescimento empresarial. Em um mercado tão dinâmico e com padrões de consumo tão flexíveis, apostar nesse método pode ser importante para a garantia da disponibilidade dos produtos, sem acarretar em um alto custo de armazenamento.Você já conhecia esse sistema? Gosta de se manter atualizado e ficar por dentro das novidades sobre gestão de estoque, varejo e indústria? Então siga a nossa página no Facebook, Twitter e LinkedIn!