Reposição colaborativa: mais produtividade e lucratividade ao varejo

Imagine o cenário: a indústria faz o planejamento para vender, no próximo ano, 750 mil garrafas de refrigerante a mais para seus atuais parceiros de negócio. Mas não comunica essa meta para um elo importante: o varejo. Este, por sua vez, está programando diminuir os pedidos no próximo período, com base no histórico de vendas, que registrou menor procura do refrigerante na gôndola e, portanto, queda no giro de estoque daquele item. Já dá para ter ideia a confusão que isso pode gerar, não é mesmo?

É para resolver demandas como essa que o varejo e a indústria estão passando a adotar a metodologia CPFR (do inglês, Collaborative Planning, Forecasting and Replenishment). Essa abordagem prevê o planejamento e reposição do estoque a partir de um processo integrado, no qual participam todos os agentes da cadeia de suprimentos (supply chain), com o objetivo de aumentar a lucratividade e competitividade.

A metodologia contempla etapas que alinham o planejamento entre as áreas internas da empresa (produção, trade, marketing e vendas) e externas (parceiros de negócio, seja indústria, distribuidor ou varejo), ajustando as expectativas entre todos eles em um momento específico, chamado de consenso (conforme o fluxograma abaixo). Trazer a percepção dos parceiros de negócio para essa etapa faz toda diferença porque integrará cenários que contribuirão para alinhar estratégias que aumentam a disponibilidade dos produtos e a produtividade, impactando na margem de lucro.

A metodologia CPRF atua como facilitadora na identificação de soluções para vários desafios, tais como:

  • Consenso de objetivo: prevê a definição de regras entre os participantes.
  • Consenso ideológico: diz respeito à natureza das atividades ou como elas serão executadas.
  • Consenso de agregação de valor: define quais ações de uma organização podem impactar positivamente para o parceiro de negócio.
  • Consenso de coordenação de trabalho: por meio da qual podem ser estabelecidos modelos de colaboração e cooperação entre os agentes de supply chain (podendo partir tanto da indústria quanto do varejo).

Para alcançar acordos com essa proporção, no entanto, é necessária maior maturidade entre todos os elos da cadeia de suprimentos. “Hoje a relação, na maioria das vezes, entre varejo e indústria é de muito medo. Ele não diz quanto tem de estoque com receio de perder o poder de barganha. Isso não acontece nos EUA e na Europa, mercados mais antigos, com experiência de negócio há mais tempo”, salienta Camilo Manfredi, diretor de Planejamento e Reposição da NeoGrid.

Por exigir mais maturidade, o recomendado é estabelecer a metodologia CPRF com os principais fornecedores, cujo planejamento e reposição demandam mais tempo e atenção do time.

Continue ligado no blog para entender melhor como essa abordagem colaborativa, aliada à tecnologia, pode aumentar a eficiência operacional do varejo e indústria.

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