A resposta pode parecer óbvia num primeiro instante, entretanto o que temos visto é uma guerra incessante onde ambos acreditam que para que um ganhe é preciso que o outro perca.
O Valor Econômico em sua edição do dia 07/06/2010 trouxe a matéria: “Varejo e indústria tentam sincronizar encomendas”, por Daniele Madureira. Esta reportagem trata da relevância na busca pela colaboração entre Indústria e Varejo, citando players como: Carrefour, Procter&Gamble, L’Oréal além de destacar o papel de uma empresa fornecedora de soluções que concorrem para este equilíbrio.
Em maio deste ano, um evento de benchmark reuniu em São Paulo três grandes indústrias num fórum dedicado a discutir a importância da colaboração entre indústria e varejo. Representando a indústria estiveram presentes: Procter&Gamble, L’Oréal e Johnson&Johnson. Do lado do varejo, grandes redes de drogarias estiveram presentes, além de grandes distribuidores do segmento farmacêutico como: Panarello e Santa Cruz.
Coube às indústrias presentes apresentar seus casos de sucesso utilizando soluções de gestão da cadeia de suprimentos e demanda como ferramentas eficazes para colaboração entre os elos da cadeia.
“Estamos crescendo rapidamente e a colaboração entre varejo e indústria é fator preponderante para este crescimento…”; “Não existe uma boa equipe de venda sem ter um excelente suporte de Sell Out e encontramos no mercado o parceiro ideal para oferecer este suporte através de suas soluções colaborativas e de suporte à inteligência de vendas”, Délio Oliveira, Diretor Comercial da L’ÓREAL.
“Cada vez mais trabalhamos de forma colaborativa com as informações de vendas e estoques dos nossos clientes a fim de buscar as melhores soluções para alavancar negócios em conjunto com o varejo. A partir da utilização de soluções eficazes de gestão da cadeia de suprimentos e demanda, viabilizamos o compartilhamento das informações e passamos a aplicar o conhecimento adquirido para impulsionar as vendas”; “Utilizando a ferramenta de Pedido Inteligente, planejamento de distribuição e CPFR que estabelece uma coordenação entre a produção, planejamento, previsão de vendas e reposição, podemos materializar nosso lema: produto certo, na loja certa, no momento certo a um preço certo” Júlio Gomes, Trade Marketing da Johnson&Johnson.
“Nosso sucesso utilizando soluções de colaboração em Supply Chain resultou em um projeto interno que chamamos de Conectividade Total. Somos uma empresa de 180 anos, mas reconhecemos que foi uma empresa muito jovem quem nos apontou o caminho para o futuro.” Fábio Caldeira, Modern Retail Manager da Procter&Gamble.
O depoimento destes gigantes da indústria ratifica que a colaboração entre a indústria vem dando bons frutos. Na realidade, os interesses não são divergentes. O modelo mental do negócio é que está estruturado de uma maneira que faz parecer que sejam. Ambos, indústria e varejo desejam potencializar seus ganhos, aumentando o ROI (Retorno sobre Investimento) de suas operações. O conflito não está no objetivo, que na verdade é comum, mas na forma como as negociações são conduzidas
Fornecedor e varejo podem, em muito, maximizar seus ganhos se optarem pela união de forças em detrimento do confronto, que apenas traz a sensação de vantagem, mas que em verdade, contabiliza enormes prejuízos para todos a curto-médio prazo.