O ressuprimento automático é uma estratégia de sucesso quanto o assunto é solucionar problemas de abastecimento das gôndolas. A partir de um acordo entre fabricantes e varejistas, a reposição acontece de forma automatizada, por meio de algoritmos, levando sempre em consideração a demanda do consumidor final, o sell-out.
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Mas será que essa prática é adequada para todos itens do seu inventário? Entenda a seguir aspectos que podem ajudar a usar essa estratégia a seu favor.
Modalidades de ressuprimento
Cada item tem seu ponto de ressuprimento (PR) ideal e ele é diferente para todas as lojas do varejo. Isso porque entender quando a quantidade de produtos no inventário pode começar a apresentar perigo de ruptura (faltas) depende de dois fatores: demanda e tempo.
Multiplicar a procura diária de determinado produto pela duração média do ciclo de atividades resulta no PR ideal. Ao planejar estoques, esse resultado orientará o varejo na compra dos itens que podem faltar. Fazer o ressuprimento por meio dessa modalidade ajuda o varejista a não correr os mesmos riscos de outras estratégias, como a de estoque mínimo.
Dentre os vários processos de reabastecimento de estoques presentes na cadeia suprimentos, o que pode impedir a efetivação do modelo automatizado é a complexidade na gestão dos produtos. Comportamentos irregulares ainda são um desafio para a automatização no ressuprimento de estoques.
Em caso de irregularidades e sazonalidades na demanda, vale a pena aplicar a gestão contínua e detalhada, estabelecendo mais assertividade e controle na reposição. Para isso, é possível colocar em prática as seguintes estratégias:
- Análise de curvas de vendas;
- Mensuração de indicadores com os fornecedores;
- Simulações de parâmetros de estoque;
- Estudos de previsão estatística.
Diante de todas essas modalidades, resta uma pergunta.
Quando adotar a automatização ao planejar estoques?
Existem alguns fatores que podem conduzir à adoção do ressuprimento de estoques automatizado. Observe se alguns desses casos acontecem nas lojas ou centros de distribuição (CD). Os produtos apresentam:
- Vendas regulares;
- Baixos índices de ruptura;
- Excesso de estoque nos centros de distribuição e lojas;
- Fornecedores e frotas responsivos
Todos esses são fatores indicam a necessidade de adoção do ressuprimento automático. A partir daí, é possível operar com mais segurança ao planejar estoques.
Orquestrar corretamente o processo, dando um primeiro passo certeiro possibilita que sejam feitos apenas ajustes ao longo do processo. Tudo isso de acordo com novas regras de negócio. Além disso, os benefícios deste modelo são vários:
- Redução de trabalho manual;
- Velocidade de resposta adequada;
- Processo menos suscetível a falhas.
Tanto indústria quanto distribuidores e varejistas podem pensar o ressuprimento automático em conjunto. Afinal, não se faz supply chain sem que todo o processo esteja alinhado.