Nível de serviço logístico: o que é e por que o varejo deve acompanhar 

Dentre as várias métricas e indicadores que garantem o bom funcionamento da cadeia de suprimentos, o nível de serviço logístico talvez seja um dos mais importantes, uma vez que abrange toda a parte de transporte e entrega dos pedidos.  

Sua importância se dá pelo simples fato de que, se a logística falha, compromete todo o restante da cadeia. Se o produto fabricado pela indústria não chega ao varejo, é ruptura na certa. 

O que é nível de serviço logístico? 

A definição deste conceito, na verdade, é bem simples: o nível de serviço logístico é uma métrica utilizada para definir a eficiência de um fornecedor no processo de entrega do pedido. 

A logística é uma área muito ampla, que engloba diversos procedimentos distintos (separação, transporte, entrega, devolução), mas todos eles têm um mesmo objetivo: entregar os produtos certos, no local correto, dentro do prazo combinado. 

Se a mercadoria recebida não é a correta, o produto chegou avariado, foi entregue em outro endereço ou atrasou, por qualquer que seja a razão, o nível de serviço logístico é comprometido. 

A performance logística de um fornecedor pode ser mensurada com base em uma série de indicadores, que fornecem os parâmetros pelos quais os serviços devem ser avaliados. 

Por exemplo: você talvez já esteja familiarizado com o OTIF, sigla para On-Time, In-Full. Esta métrica avalia a pontualidade e a integridade das entregas, e é um dos balizadores que ajudam a calcular a qualidade dos serviços logísticos. 

Outros indicadores que auxiliam neste cálculo são o tempo total de processamento do pedido (OTP), o percentual de entregas realizadas dentro do prazo combinado (OTD) e o aproveitamento da capacidade de carga do caminhão. 

Importante ressaltar que, embora a medição do nível de serviço logístico possa ser feita internamente, ela depende de dados quantitativos externos. Logo, a indústria não pode “fazer de conta” que tem uma logística impecável, pois o índice de satisfação de seus clientes é o que norteia os resultados. 

A importância do nível de serviço logístico 

Manter um bom nível de serviço logístico é excelente para a imagem da indústria, afinal, agrega valor ao seu produto e ao seu trabalho. 

Quando o varejo está em busca de fornecedores, o preço mais baixo não é a única coisa que importa. Um bom desempenho logístico também é muito requisitado, uma vez que passa credibilidade. 

Ao realizar as compras que abastecerão suas lojas, o varejista precisa ter a certeza que as mercadorias serão entregues no prazo. Seus estoques não podem ficar no vermelho e suas gôndolas não podem ficar vazias. 

Assim, se o fornecedor apresenta um KPI (Key Performance Indicator) alto na área logística, significa que ele é um bom cumpridor de prazos, que respeita os acordos e negociações feitos com seus parceiros. 

Ou seja, um alto nível de serviço logístico funciona como um atestado de qualidade para as empresas. E de confiança, claro: o varejista sente-se mais seguro ao negociar com o fabricante que garante boas entregas. 

Se pensarmos em uma grande rede de varejo, que trabalha simultaneamente com milhares de produtos diferentes, e tem centros de distribuição espalhados por várias regiões, trabalhar com bons fornecedores é essencial. 

Uma operação deste nível vai ter um fluxo constante de entregas sendo realizadas. Qualquer atraso pode gerar não só problemas de tráfego, como prejuízos enormes. Isso porque o produto que não chega na hora não é reabastecido na prateleira. 

Claro que, além de escolher bem seus parceiros comerciais, o varejista também precisa fazer a sua parte. Cuidar da gestão de seus pedidos e sincronizar as entregas de diferentes fornecedores são práticas que contribuem com a criação de um cenário favorável para os negócios. 

Nível de serviço logístico e boas relações comerciais 

Para que todos trabalhem melhor, construir boas relações comerciais é fundamental. O varejo e o fornecedor devem confiar um no outro para honrar os compromissos firmados. 

Para conseguir isso, o trabalho precisa ser colaborativo. Se o varejista quer ter a segurança de receber suas encomendas no prazo, ele precisa adotar um sistema para gestão de pedidos. Além disso, utilizar ferramentas que lhe permitam estar sempre em contato com seus fornecedores. 

Um portal colaborativo pode ser de grande ajuda para alcançar estes objetivos. Ele permite não só que os pedidos sejam organizados em uma mesma plataforma, como também abre um canal de comunicação prático e direto entre indústria e varejo. 

Assim, caso haja um problema com alguma entrega, o varejista pode solicitar uma explicação ao fornecedor, que, por sua vez, tem a chance de justificar-se. Juntos, eles podem identificar falhas no processo logístico e se esforçar para corrigi-las. 

Aí entramos na gestão de relacionamento com o fornecedor, assunto que já abordamos aqui no blog recentemente. O varejo precisa da indústria (e vice-versa), então a criação de um ambiente saudável para as negociações é indispensável para que se estabeleça uma sinergia. 

A importância do compartilhamento de dados 

Neste cenário colaborativo, a troca de dados é essencial para que a indústria e o varejo sejam capazes de não só acompanhar, mas também melhorar e corrigir suas operações. 

Compartilhar dados é bom para ambas as partes: de uma lado, a indústria pode saber como está o desempenho de seus produtos no PDV. De outro, o varejista passa a ter uma visão mais ampla dos processos logísticos. 

Assim, as entregas podem ser planejadas com mais tranquilidade, respeitando o ritmo do consumo para garantir que os níveis de estoque fiquem saudáveis. 

Para que tudo isso funcione da melhor maneira possível, otimização é tudo. Investir em uma plataforma que centraliza as comunicações e mantém os pedidos organizados é uma ótima maneira de aumentar o nível de serviço logístico. 

Em um portal colaborativo, parceiros de negócios compartilham dados com segurança e agilidade, contribuindo com uma melhor performance da cadeia de suprimentos como um todo. 

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