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Você sabe como realizar a previsão de demanda do seu mercado? A estimativa correta evita prejuízos, rupturas de estoque e garante eficiência na produção. Neste artigo, mostramos como aplicar a previsão de demanda na cadeia de suprimentos em 4 passos.
Quer tirar sua dúvida mais rápido? Clique nas opções abaixo:
1 – O que é previsão de demanda?
2 – Previsão de demanda e planejamento empresarial
3 – A importância da previsão de demanda
4 – Previsão de demanda na cadeia de suprimentos em 4 passos
5 – Previsão de demanda x previsão de vendas
6 – Tecnologia e previsão de demanda
Boa leitura!
O que é previsão de demanda na cadeia de suprimentos?
O nome pode parecer meio autoexplicativo, mas o conceito em si é aplicável além do óbvio.
📝 A previsão de demanda ou estimativa de demanda é uma estimativa de mercado, que visa antecipar o que acontecerá no futuro e que pode impactar diretamente na área produtiva de uma empresa, seja ela fabricante ou varejista.
Ela envolve a análise de variáveis internas e externas, com o intuito de antecipar tendências de consumo.
Previsão de demanda e planejamento empresarial
A previsão de demanda pode ajudar empresas de qualquer segmento a terem um planejamento mais assertivo em três diferentes frentes de atuação: no planejamento operacional, no tático e também no estratégico.
O planejamento operacional, desempenhado pelos supervisores, passa a ser mais eficiente porque eles trabalham com objetivos claros e buscam resultados específicos, o que facilita a rotina de trabalho no curto prazo.
Os gerentes, por sua vez, têm uma visão mais ampla do negócio, e com base no que preveem, podem planejar ações táticas de médio prazo específicas para diferentes setores ou unidades do negócio.
Por fim, a diretoria pode se valer da previsão de demanda para avaliar não só a empresa, mas o mercado como um todo. Isso facilita a geração de insights, dá visibilidade para eventuais oportunidades e permite uma abordagem estratégica de gestão a longo prazo.
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A importância da previsão de demanda
Como vimos, a previsão de demanda não está necessariamente ligada ao número de vendas, mas ao comportamento do mercado em si. Justamente por isso ela é importante tanto para o fabricante quanto para o varejista.
A indústria pode utilizar essa estratégia para mensurar quanto vai precisar produzir, sempre levando em conta variáveis relevantes. Uma fábrica de bronzeador, por exemplo, sabe que vende mais no verão, então seus esforços devem se concentrar neste período.
Isso evita o desperdício de matérias-primas e a produção em demasia, nivelando todo o ciclo de produção, uma vez que se tem uma previsão de quanto se deve produzir.
O varejo, por sua vez, faz suas compras com mais controle, sabendo, com base no seu próprio histórico, a quantidade de cada mercadoria que vai ser necessária. Nem ruptura, nem excesso de estoque: o ideal é que nunca falte nada na gôndola, nem fique sobrando no depósito.
Um bom planejamento de estoque não dá prejuízo: a taxa de giro é mais dinâmica, e o espaço é muito melhor aproveitado. Com isso, é possível reduzir até os custos de manutenção.
Em ambos os casos, analisar os dados de uma previsão de demanda concede ao gestor as ferramentas certas para tomar decisões mais assertivas, avaliar o potencial de mercado e as possibilidades de novos negócios.
Os 4 passos da previsão de demanda
Para colocar em prática uma estratégia de previsão de demanda, é possível seguir uma sistemática, ainda que as variáveis dependam de uma série de fatores. Mas, via de regra, existem 4 passos para seguir:
1 – Definição do objetivo
As metas são fundamentais para quantificar o sucesso de vendas e estratégias em qualquer segmento. No caso da estimativa de demanda, o objetivo tem a ver com o prazo (ele pode ser de curto, médio ou longo prazo) e também com o objeto de estudo. A previsão é sobre um determinado nicho de mercado, ou sobre um produto específico? Isso tudo é fundamental para o direcionamento da pesquisa.
2 – Definição da metodologia
É possível aplicar a previsão de demanda por meio de métodos qualitativos ou quantitativos. No primeiro caso, tudo é estimado com base em fatores subjetivos, como a opinião de especialistas, a expectativa dos vendedores e a percepção dos clientes. Já no caso dos métodos quantitativos, usam-se dados concretos (histórico de vendas e giro de estoque, por exemplo) para servirem de base às previsões.
Na metodologia qualitativa, o método Delphi é um dos mais populares. Ele consiste na formação de um grupo de especialistas que, separadamente, responde a questionários relevantes e analisa as opiniões dos demais até que chegue-se a uma média. Na metodologia quantitativa, cálculo de média móvel, fórmulas estatísticas e modelos como o ARIMA (Autoregressive Integrated Moving Average) são os mais utilizados.
3 – Coleta de dados
Depois que o método de estudo é definido, entra em cena a fase de coleta dos dados que vão nortear todo o processo. Nesta fase, dados próprios ajudam a definir o comportamento do consumidor referente ao seu negócio, enquanto informações de terceiros auxiliam na compreensão da dinâmica do mercado.
4 – Interpretação dos resultados
Por fim, depois que os dados foram devidamente coletados e analisados, vem a etapa de interpretação. Aí entra a experiência dos gestores e o conhecimento dos profissionais da área de finanças que, dentro dos objetivos estabelecidos, podem cruzar os dados com estatísticas socioeconômicas e financeiras para agregar ainda mais valor aos insights gerados.
Previsão de demanda x previsão de vendas
Embora sejam termos similares, não se deve confundir previsão de demanda com previsão de vendas. A primeira é muito mais focada em determinar os interesses do consumidor, e leva em conta fatores econômicos e sazonais. Já a segunda, projeta o montante das receitas que é esperado para um determinado período.
Repare que, enquanto a previsão de vendas é apenas a receita proveniente do que é comercializado, a previsão de demanda vai além, pois analisa o mercado com um todo, inclusive os concorrentes, para ter como base indicadores mais amplos, que respaldam decisões de maior impacto.
Essa diferença entre os dois conceitos se traduz na amplitude de cada estudo. Por não pensar apenas na venda, a previsão de demanda é de vital importância para negócios que buscam possibilidades de expansão.
Imagine, por exemplo, que um fabricante de bebidas quer aumentar seu portfólio de produtos, ou entrar para um novo nicho de mercado. Antes de se aventurar por novos horizontes, ela precisa saber se há demanda e espaço para ela.
Sem um estudo prévio, existe o risco dela operar em um mercado que talvez não precise do seu produto, ou no qual players mais maduros não dão visibilidade a novos concorrentes.
Tecnologia e previsão de demanda
Preparar-se para o futuro é fundamental e, na cadeia de suprimentos, tudo deve ser baseado em dados. A ideia não é “adivinhar” o que pode acontecer, mas antever possíveis cenários com base em informações reais, especialmente se a metodologia utilizada for a quantitativa.
Nessas horas, a parte de coletar e organizar os dados não precisa ser laboriosa e burocrática: a tecnologia é capaz de melhorar a eficiência operacional da indústria no varejo, otimizando o processo de tomada de decisões.
Além da coleta, a tecnologia também pode apoiar as empresas na hora de processar previsão de demanda, utilizando algoritmos e métodos estatísticos que vão pegar todas essas informações que mencionamos anteriormente e realizar o cálculo de acordo com cada contexto.