O investimento em soluções que geram redução de rupturas continua sendo uma das prioridades do varejo em 2010. Este não é um problema novo, tampouco exclusivo do varejo brasileiro. Dados da ECR Brasil mostram que a ruptura média em países europeus é de 15 a 20%, no Chile 14%, na Argentina 13% e no Brasil (eixo Rio-São Paulo) é de 8%. Apesar de melhor posicionado, as perdas decorrentes da ruptura somam valores exorbitantes no Brasil.
A falta de produtos em gôndola não gera ‘apenas’ perda de vendas para o varejo e para a indústria, mas abala a fidelidade do consumidor, que sai insatisfeito da loja. Há várias causas para a ruptura, mas a principal delas é a má gestão dos estoques. A complexidade gerada pelo número cada vez maior de itens, a incerteza da demanda e a variabilidade do lead time de fornecimento torna a gestão de estoques um dos maiores desafios para o varejo.
Para gerenciar estoques de forma eficaz neste ambiente complexo, é imprescindível automatizar processos de retaguarda. Neste sentido, o EDI (Electronic Data Interchange) é uma das soluções tecnológicas mais utilizadas.
Integrar dados com seus parceiros de negócio é fundamental, porém, não é suficiente. A simples integração não garante que os dados transacionados sejam acurados. Para isso, é necessário sincronizar dados, de modo que comprador e fornecedor trabalhem sempre com as mesmas informações e que estas sejam confiáveis e estejam dentro de padrões utilizados globalmente. Só assim será possível reduzir efetivamente os atrasos de entrega, devoluções, cancelamento de pedidos, litígios entre comprador e fornecedor, dentre outros problemas que geram rupturas e, consequentemente, perda de vendas.
A sincronização de dados gera resultados expressivos e é por isso que o retorno sobre o investimento de um projeto é atingido em curto prazo. Apesar dos ganhos significativos em eficiência operacional e redução de custos já justificarem o projeto, o maior benefício é o aumento das vendas gerado pela maior disponibilidade de itens na gôndola. Prova disso é uma pesquisa realizada pela GS1 que, baseada em projetos globais de sincronização, aponta uma redução média da ruptura de estoques de 8% para 3%. Já pensou o quanto isso pode representar para a sua empresa?