Sabe aquela compra do mês que é feita para abastecer a casa? Imagine pegar pouco mais de um terço do que está no carrinho do supermercado e jogar na primeira lata de lixo que encontrar. Você pode pensar: quem é o louco que faria isso? Pode não ocorrer como na cena descrita, mas essa perda acontece em todo o país. O desperdício de alimentos no Brasil, após a colheita, leva 35% dos alimentos em bom estado para o lixo — conforme cálculos da FAO (órgão das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).
Para ajustar esse cenário de perdas, os agentes da cadeia de suprimentos (supply chain) encontram na tecnologia uma aliada para a diminuição do desperdício e do impacto financeiro e ambiental que ele traz. Além disso, com sua aplicação consegue atender aos anseios do consumidor final (cada vez mais exigente e conectado às questões da sustentabilidade) e, de quebra, melhorar sua performance comercial.
A tecnologia, então, chega com a função de manter a cadeia de suprimentos sincronizada, para resolver problemas que inviabilizam um olhar preciso e dinâmico sobre todas as operações (imagine o desafio complexo e demorado que seria olhar o estoque de todos os itens e todas as lojas sem usar uma solução tecnológica).
A falta de informações sobre os níveis de estoque prejudicam sua visibilidade e impactam em rupturas, tornando difícil observar a tendência de consumo por itens, por exemplo. Ao saber com precisão essas informações, fica mais fácil manter o estoque na medida, evitando oscilações entre falta e excesso de produtos.
Conheça agora quatro recursos essenciais que uma ferramenta tecnológica deve dispor para atender a necessidade de sincronizar a cadeia de suprimentos e evitar desperdícios:
- Coleta de dados de forma automática: ao receber informações diárias do varejo, a indústria pode avaliar os dados de forma consolidada. Isso facilita para acompanhar a performance comercial de cada um dos produtos em cada uma das lojas e adequar o planejamento da produção.
- Integração de informações: com uma solução robusta de Business Intelligence (BI), a ferramenta pode processar as informações vindas das mais variadas fontes (como do sistema de gestão empresarial, e-mails e planilhas) com agilidade para suportar a tomada de decisão. Exemplo: se há uma queda de consumo de determinado item perecível em uma única loja, a ferramenta é capaz de indicar o acontecido e ainda permite rastrear o motivo da queda. Com isso, é possível agir pontualmente na redução de perdas, que levam ao desperdício.
- Relatórios precisos para todos os níveis gerenciais: análises específicas favorecem a tomada de decisão para manter o estoque equalizado (sem excessos ou faltas). Uma ferramenta especializada na cadeia de suprimentos deve entregar relatórios com o total de vendas consolidado, vendas por rede e ruptura (para nível gerencial); informações diárias, como posição de estoque (nível tático); e relatório de vendas (nível operacional) emitido todo os dias.
- Infraestrutura completa para acesso da ferramenta via web: facilidade de implantação da solução sem grandes investimentos do cliente e sem perda de tempo. O ideal é que a ferramenta já possua sistema web com tecnologia BI para apresentação dos dados com a flexibilidade inerente à função. Dessa forma, a atuação pode ser em curto prazo, reduzindo desperdício atual.
Esses recursos permitem que sua empresa mantenha a cadeia de suprimentos sincronizada, a partir da equalização de estoque do varejo, distribuidor e indústria. Isso diminui o volume de devoluções por produto vencido, por exemplo, e melhora a visibilidade dos níveis de armazenamento de toda a cadeia.
Adotando a tecnologia ideal, sua empresa dará ampla contribuição para reduzir os dados de desperdício e estará em sintonia com as práticas de sustentabilidade, o que é bom para o consumidor e melhor ainda para a caixa do seu negócio.