Ao longo de muitos anos atuando com implantações de ferramentas de Planejamento & Reposição, foi possível identificar algumas características importantes que podem facilitar a migração de plataformas de gestão da cadeia de suprimentos (SCM).
Baseado em um caso real de um projeto de uma grande empresa brasileira que substituiu sua plataforma existente por uma plataforma DRP (Distribuition Requirments Planning) completa, podem ser destacados cinco melhores práticas.
Uma plataforma de DRP é uma ferramenta de gestão SCM com foco no aumento do giro e redução das rupturas de estoques, por meio de colaboração entre os parceiros de negócios na cadeia de suprimentos.
Geralmente as empresa que adotaram alguma solução no passado, possuem regras de negócio bem específicas; por isto, é ainda mais importante identificar os fatores que suportam uma migração suave de uma ferramenta para outra:
1) Não subestime as particularidades da empresa – Tenha em mente que todas as empresas, independente da ferramenta já utilizada, operacionalizam os processos de compras e transferências. É preciso muita atenção com empresas que já estão no mercado por mais tempo, pois nem sempre os conceitos superam a realidade do negócio / mercado.
2) Mapeie processos atuais, regras de negócio, tecnologia e pessoas – O mapeamento é importante para o real entendimento do negócio, das particularidades do segmento e dos modos operantes. O correto fluxo de distribuição nem sempre depende apenas da própria empresa; muitas vezes existem fornecedores, transportadoras, intermediários que influenciam e muito na lógica definida para a correta reposição de mercadorias. As pessoas adquirem ao longo do tempo uma grande experiência no negócio, e esse conhecimento, é fundamental para o Phase-in de uma nova solução.
3) Defina pilotos – A definição de um grupo de produtos ou locais possibilita uma “virada de chave” gradativa, com importantes critérios de comparação e de maneira racional, impactando o mínimo possível no faturamento da empresa. A maioria das empresas que atuam na cadeia de suprimentos não para.
4) Na medida do possível, replique as regras de negócio atuais – Uma transição consciente esta relacionada a replicar as regras de negócio atuais para que as primeiras novas recomendações de reposição não revolucionem o modelo de trabalho. Uma revolução assustaria ambos os lados, empresa e fornecedores, e prejudicaria a credibilidade do novo modelo. A partir do momento em que as novas recomendações de reposição estão calculadas e liberadas por meio da nova solução, temos uma oportunidade para ajustes em busca de novos ganhos.
5) Acompanhe o processo através de indicadores de desempenho – A melhor maneira de acompanhar uma mudança de ferramenta é definindo alguns indicadores e os medindo periodicamente para comprovar a evolução das mudanças propostas.
Aplicando estas dicas, podemos obter uma transição mais tranquila, evitando ruídos durante o período da mudança e garantindo que a nova solução traga ganhos significativos à empresa e seus parceiros de negócio!