No cenário empresarial atual, quando se fala em cadeia de suprimentos, além da busca contínua por mais eficiência, fluidez e economia, entra em destaque também o quesito sustentabilidade. Hoje, essa é uma pauta comum nas empresas e que, inclusive, passa a figurar como prioridade na gestão da cadeia de suprimentos de negócios de diferentes portes.
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Nesse contexto, por exemplo, muito se discute a respeito da cadeia end-to-end, a qual alia uma série de diferenciais e práticas para garantir que todas as etapas da cadeia sejam executadas de maneira sustentável, tomando como base não só os interesses das empresas, mas, principalmente, os interesses coletivos, a responsabilidade ambiental e as questões éticas.
Por isso, sabendo da importância e atualidade dessa discussão, preparamos este post para aprofundar o debate sobre o conceito de cadeia end-to-end, mostrando como ela está intimamente ligada à sustentabilidade. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!
O conceito por trás da cadeia end-to-end
Em tradução livre, “end-to-end” significa ponta a ponta, e é justamente a partir dessa perspectiva que devemos compreender esse modelo de cadeia de suprimentos. Quando se fala em uma cadeia end-to-end, tem-se por trás todo um ideal de eficiência e sustentabilidade que deve percorrer por todas as etapas da cadeia, além de abarcar todos os seus elos.
Assim, a preocupação das empresas que trabalham com essa visão é garantir que todos os processos da cadeia de suprimentos, sejam eles internos ou externos, realizados diretamente ou por parceiros, estejam em conformidade com os valores pregados pela sustentabilidade e responsabilidade social.
Em outras palavras, da ponta inicial da cadeia de suprimentos, com o fornecimento de matérias-primas e insumos, até a ponta final, com a entrega do produto acabado ao consumidor, é preciso que haja uma integração entre os agentes, de modo que práticas sustentáveis sejam postas em execução por todos eles.
A importância da sustentabilidade em todas as etapas da supply chain
A cadeia end-to-end tem uma aplicação altamente abrangente no contexto das empresas, de forma que ela não foca apenas nos processos internos. Na realidade, o objetivo é expandir as boas práticas para todos os agentes que compõem a supply chain, a fim de que o somatório de esforços garanta resultados mais sólidos e a sustentabilidade se torne algo natural no desempenho das atividades.
Nesse sentido, parceiros, fornecedores e consumidores compartilham uma postura de otimizações, buscando encontrar pontos em que mudanças positivas podem ser implementadas para reduzir não só os custos operacionais, mas os efeitos negativos que o desperdício de materiais, ou mesmo o descarte após o uso, por exemplo, podem acarretar ao meio ambiente.
Fica claro, então, que é preciso um esforço conjunto dos envolvidos na cadeia. Não basta, por exemplo, que só os fornecedores se preocupem com o impacto das suas atividades, com o nível de uso de recursos naturais, com as embalagens utilizadas nos transportes. Mais do que isso, é preciso que cada agente faça essa análise crítica dos seus processos, buscando encontrar pontos que podem reforçar a sustentabilidade.
Boas práticas para alcançar uma operação sustentável da cadeia de suprimentos
Embora os benefícios de estruturar uma cadeia de suprimentos de forma sustentável sejam nítidos, na prática, não é nada fácil alcançar esse patamar, sobretudo quando se fala das extensas e complexas cadeias atuais.
Nem sempre é fácil criar uma política abrangente, capaz de integrar todos os agentes e fazê-los pensar de forma alinhada. No entanto, existem boas práticas que podem ser implementadas para reforçar a sustentabilidade, a partir de ações simples. Confira algumas delas a seguir!
Esteja atento à gestão de estoques
A gestão de estoques é, sem dúvida, uma das áreas que mais abre margem para que prejuízos aconteçam nas empresas. Na maioria dos casos, os desajustes nos seus níveis de operação acabam drenando recursos importantes do negócio, os quais poderiam ser aplicados em outras frentes.
Assim sendo, trabalhar com uma gestão deficiente do estoque significa perder dinheiro com acúmulo ou falta de materiais, além de demandar dos fornecedores quando não havia necessidade. No somatório, esses problemas também contribuem para o desperdício de insumos, por exemplo, com vencimento do prazo de validade das mercadorias.
Atualmente, a tecnologia garante uma série de soluções para que as empresas consigam organizar e gerir melhor os seus estoques, atendendo com precisão as demandas de cada período. Assim, se apoiar no uso dessas ferramentas é uma necessidade atual.
Invista em inovação
Nesse ponto, os softwares de supply chain management são exemplo de ferramenta estratégica que pode ser utilizada. Além de visibilidade, os sistemas garantem uma maior interoperabilidade dos agentes da cadeia de suprimentos, o que contribui para um fluxo comunicativo mais eficiente.
De certo modo, isso ajuda a integrar os elos da cadeia, permitindo que cada um deles tenha conhecimento sobre as necessidades dos outros. É nesse contexto, inclusive, que a sustentabilidade é reforçada, já que com informações em tempo real e o apoio de plataformas de dados, é possível operar em níveis exatos, evitando a falta ou excesso de produtos nos PDVs e, ainda, a necessidade de transportes logísticos para cobrir as falhas de processos de fornecimento, por exemplo.
Pense no ciclo de vida do produto
Em se tratando de end-to-end, a visão sobre a circulação de uma determinada matéria-prima até a fabricação do produto deve ser muito mais crítica e ampla. A sustentabilidade, nesse caso, não está apenas nas atividades executadas dentro da empresas, já que o mesmo item passa por diversas “mãos” até chegar ao consumidor.
Dessa forma, o ponto a que queremos chegar é mostrar que para se ter uma cadeia sustentável é preciso entender o ciclo de vida do produto, avaliando cada etapa necessária para que ele se torne apto para o uso.
A sustentabilidade, então, estará presente quando, por exemplo, o plantio da matéria-prima é feito com responsabilidade social e ambiental, quando o transporte também seguir por esses ideais, quando a indústria que processa utilizar meios menos agressivos ao meio ambiente e se preocupar com a geração de resíduos e quando o consumidor for educado para utilizar o produto de maneira sustentável, especialmente no que se refere ao descarte de embalagens ou do item em si. Ou seja, cada ação pontual, quando somada, traz um ganho para a cadeia de modo geral.
Por fim, em um período em que as questões ambientais e voltadas à sustentabilidade estão em evidência, a cadeia end-to-end tem uma aplicação ainda mais recomenda dentro das empresas. Os benefícios desse modelo vão muito além da redução dos custos internos, impactando também a maneira como os elos da cadeia de suprimentos se relacionam e buscam alternativas para compor processos cada vez mais eficientes e vantajosos, tanto para as empresas quanto para a sociedade, de forma geral.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre a cadeia end-to-end, aproveite para contribuir para o crescimento de outras pessoas. Compartilhe este post nas suas redes sociais!