Como o varejo pode otimizar a distribuição de estoque dos CDs para as lojas?

Você sabia que a cada 10 empresas registradas no Brasil, 6 fecham as portas antes de completar 5 anos? Tentando buscar as razões para esse fenômeno, o Sebrae fez uma pesquisa chamada “Causa Mortis”, em que 34% das organizações convidadas para falar sobre o tema apontaram a gestão ineficiente como ponto central do insucesso massivo. E, nesse aspecto, a má distribuição de estoque é uma das falhas que mais resulta em perda de vendas e de dinheiro.

Nem poderia ser diferente. Quando o varejo compra produtos em excesso, a mercadoria encalha, perde validade ou se deteriora. Além disso, estoque alto é dinheiro parado, ou seja, capital de giro que deixou de ser investido em troca de aumento de custos com armazenamento.

Por outro lado, estoque de menos gera risco de rupturas, ou seja, de desabastecimentos que podem prejudicar a imagem da empresa no mercado.

Há ainda a questão específica da distribuição dos produtos entre CD e filiais. Não adianta ter estoque cheio no centro de distribuição e gôndolas vazias, é preciso ter um fluxo inteligente de suprimento. Diante desse dilema, é possível criar um esquema de abastecimento “CD-lojas” com alto nível de excelência?

Existem ferramentas e metodologias para isso, e você vai conferir essas estratégias!

1. Utilizar dados de sell-out para direcionar o mix ideal de cada loja

Um CD (centro de distribuição) centraliza estoques, proporciona localização estratégica e reduz custos com fornecedores (já que há um único ponto de entrega). Todavia, o alinhamento perfeito entre a demanda das lojas e o fluxo de abastecimento é um dos mais sérios desafios da gestão para quem trabalha com esse modelo logístico.

Afinal, como saber quais produtos e a quantidade ideal de cada item direcionar para cada loja? A resposta é: orientando a distribuição de acordo com indicadores de estoque e de comportamento das vendas ao consumidor final (sell-out).

A partir da análise desses dados, é possível saber o que o shopper compra e os produtos que mais giram em cada loja, de cada bairro ou cidade, em épocas específicas do ano. Dessa forma, direcionar o mix ideal e aumentar a disponibilidade nas lojas fica bem mais simples.

2. Contar com ferramentas inteligentes para gestão da distribuição

Já ouviu falar em reposição inteligente? Pois um software para gestão da cadeia de suprimentos utiliza algoritmos inteligentes de reposição

Com isso, a empresa consegue aumentar a disponibilidade e a variedade de produtos nas gôndolas, evitar capital parado em estoques de baixo giro e eliminar as possibilidades de ruptura, elevando seu nível de serviço.

3. Integrar a comunicação

Com um sistema de integração CDs e lojas, é possível otimizar o fluxo de pedidos e notas fiscais, de documentos de cobrança, de pagamentos e de transporte (instruções, conhecimento e status) – além de ter a posição de estoque de cada ponto de venda. Soluções de EDI automatizam a comunicação entre os elos e são essenciais para a gestão de distribuição das redes de varejo.

4. Manter uma boa relação com fornecedores

Uma boa estratégia de Supply Chain Management (SCM) não deve estar focada apenas no menor preço, mas sim na construção de uma relação comercial de longo prazo, que traga benefícios mútuos aos envolvidos.

Trata-se de abandonar a antiga ideia de que clientes e fornecedores estão em posições antagônicas, em uma marcha conflituosa que os posiciona quase como adversários. Essa mentalidade acaba resultando em abastecimento irregular e problemas na distribuição das mercadorias entre as diversas lojas/filiais.

Por isso, o processo colaborativo pode fazer muita diferença nesse quesito. Algumas soluções ajudam na organização do recebimento de mercadorias dos fornecedores para o varejo. Assim, evitam-se filas e atrasos na entrega de produtos.

Automatizar esse trabalho constitui o tênue liminar entre prever demanda com precisão ou se perder completamente em suas estratégias de suprimentos.

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