O controle do nível de estoque é fundamental em qualquer empresa, pois é por meio dele que é possível gerenciar custos, mitigar desperdícios e fazer análises acerca da eficiência operacional do negócio.
Você tem a opção de ouvir o conteúdo, caso não tenha tempo para ler ?
O problema é que gerir o nível de estoque para que ele esteja na quantidade ideal para atender a demanda de cada ponto de venda, varejo ou distribuidor (sem faltas e sem excessos), não é tarefa fácil.
Hoje, você vai conhecer alguns dilemas da área e descobrir como ter um fluxo de abastecimento de excelência em sua empresa! Confira!
Obstáculos para alcançar o nível de estoque ideal
Ter controle absoluto do estoque em todos os elos da cadeia de suprimentos envolve muito mais do que mudar processos, trata-se de uma mudança de mentalidade, a qual deve ser orientada pelo volume de vendas efetivado na ponta final da cadeia (o consumidor) e não por simples previsões matemáticas. Diante dessa perspectiva, há alguns obstáculos que precisam ser transpostos.
1. Sincronização dos processos da cadeia de suprimentos
Manter o nível de estoque ideal depende diretamente da coordenação entre a venda, a gestão de estoques, a distribuição logística e a produção de mercadorias. E um grande desafio das empresas na gestão da cadeia produtiva é fazer com que todos esses processos estejam integrados e sincronizados.
Colocar indústrias, varejos, distribuidores, bancos e governo no mesmo ritmo é realmente bastante complexo. Mas é aqui que entra o apoio da tecnologia. Com soluções de integração, é possível automatizar a troca de pedidos, de documentos fiscais, de transporte e financeiros, para garantir a comunicação padronizada entre as empresas.
Também é fundamental contar com soluções que realizam, por meio de algoritmos inteligentes, a sincronização entre a demanda e a reposição de estoques, garantindo que o produto certo esteja disponível no lugar e na quantidade adequada.
2. Visibilidade e controle de indicadores
É impossível chegar a um destino se não se sabe de onde se está partindo. Por isso, ter acesso a dados e informações de toda a cadeia de suprimentos é tão importante. A partir de indicadores de estoque e vendas, você sabe exatamente se um produto está em risco de falta em uma loja x e pode tomar ações para reposição imediata.
Quantos desses indicadores você monitora periodicamente? O ideal é trabalhar todos esses parâmetros por meio de soluções tecnológicas que disponibilizam dados na nuvem, as quais geram relatórios e gráficos que indicam minuciosamente o nível de eficiência de seus processos, abrindo caminho para melhorias.
3. Relacionamento com fornecedores
Um dos principais desafios da cadeia de suprimentos é criar uma cultura interna que cultive relacionamentos de longo prazo com fornecedores, trocando a mentalidade do “ganho a qualquer custo” por uma interação integrada e colaborativa com seus stakeholders.
Entender que é possível que todos sejam beneficiados nas relações comerciais ganha-ganha facilita a criação de um fluxo de abastecimento mais racional, ajustável de acordo com as necessidades de seus clientes. Isso faz diferença tanto para indústria quanto nos distribuidores e no varejo.
Agora que você já entendeu alguns dos desafios colocados diante da gestão de suprimentos, é hora de compreender como uma visão focada no sell-out pode mudar seus resultados em busca do nível de estoque perfeito.
Afinal, como ajustar o nível de estoque?
Imagine uma indústria que tenha que estimar a demanda mensal de seus compradores para organizar a entrega dos produtos da empresa com o maior alinhamento possível entre oferta e consumo.
A estratégia de “indicar” quantidades, empurrando mercadorias para o varejo no modelo de sell-in, faz com que muitas companhias sofram repetidos episódios de rupturas, ou mesmo que produtos encalhem nos estoques das lojas. Isso significa prejuízos e desperdício de recursos.
Por isso, é importante pensar não só em mensurar sua eficiência a partir de indicadores específicos, estipulados individualmente para cada um dos elos da cadeia. É essencial ter uma visão do todo, para haja uma relação colaborativa, de ganha-ganha para todos os envolvidos.
Isso só é possível a partir da mudança da lógica de sell-in para sell-out, o que significa orientar todas as ações da cadeia de suprimentos a partir da venda ao consumidor final. Nesse cenário, ele torna-se o principal agente, que dita o ritmo da produção e da distribuição de estoques.
Algumas ferramentas apoiam as empresas na inversão dessa lógica e trazem resultados expressivos na gestão de estoques. Outras, como já citamos anteriormente, fornecem indicadores de estoque e vendas dos varejos e distribuidores para que seja possível orientar todos os processos pelo sell-out.
Esse deslocamento, da simples estimativa para a provisão dos itens segundo o real do consumo (na ponta final do processo), eleva o grau de maturidade entre os agentes da cadeia de suprimentos. Isso porque reduz os custos de armazenamento, evita desequilíbrios entre unidades (na distribuição indústria-CDs-lojas) e gare um fluxo de recebíveis/pagamento mais alinhado, melhorando a robustez financeira da empresa.
Indicadores fundamentais para a gestão do nível de estoque
Falamos acima sobre a importância dos indicadores. Vamos ver a seguir quais os mais importantes na cadeia de suprimentos para apoiar a indústria e o varejo a alcançar o nível de estoque ideal:
Ruptura
A ruptura é o indicador de falta de produtos nos pontos de vendas. Ele mostra a porcentagem de produtos ausentes em relação ao total de itens de uma loja, considerando o catálogo total de produtos.
Por exemplo: se um varejo vende 10 marcas de água mineral de 500 ml e uma delas está sem estoque, a ruptura desse produto é de 10%.
Para controlar os estoques e evitar a perda de vendas, é essencial reduzir a ruptura nos pontos de venda.
Excesso de Estoque — IVD
O IVD (Inventory Value Day) representa o valor do excesso de estoque por dia. Com este indicador, é você consegue identificar o quanto o estoque parado está impactando o fluxo de caixa de cada loja.
Um relatório com esse dado pode indicar quais produtos com maior IVD precisam ser escoados o mais rápido possível, para evitar que o dinheiro fique parado.
Giro de estoques
O giro dos estoques indica quantas vezes um produto é reposto dentro de determinado período. Esse indicador permite analisar o nível de atividade de cada item (se tem alta ou baixa movimentação) e saber exatamente o momento em que o estoque precisa ser renovado. Trata-se de um número fundamental para uma gestão de suprimentos de excelência, aumentando o nivelamento dos estoques.
Se você não tem ainda um software que apoia a gestão e a distribuição de seus estoques, imagine quanto em competitividade você pode perder se seu concorrente implementar uma solução de excelência como essa antes de você?
A propósito, como você gerencia o nível de estoque em sua empresa? Como são feitas as estimativas de consumos e os pedidos de compras? Deixe seu comentário abaixo e vamos enriquecer a discussão!