Conheça os desafios do varejo no gerenciamento da cadeia de suprimentos

Quem atua no varejo sabe que, diariamente, precisa lidar com um grande número de fornecedores da indústria e uma quantidade enorme de produtos. Diante disso, surgem algumas questões: como gerenciar todos esses parceiros de negócios? Como garantir a melhor compra e o mix de produtos mais eficaz sem comprometer o fluxo de caixa? Como balancear os estoques para evitar rupturas (falta de produtos) ou excesso de mercadorias paradas e filas de caminhões?

Todos esses desafios fazem parte dos principais processos e operações da cadeia de suprimentos do varejo, ou Supply Chain Management (SCM). Mas, para ajudar você a lembrar como eles funcionam, trazemos neste artigo um resumo de cada um deles.

Saiba quais são principais desafios do gerenciamento da cadeia de suprimentos do varejo:

1- Gerir Estoques

Fazer a reposição de estoques já é um trabalho bastante complexo. Realizar esse processo de forma manual, sem informações atualizadas de quanto, quando e onde repor determinado produto, é um desafio ainda maior. Então, como manter estoques em níveis adequados para não comprometer o capital de giro e garantir a disponibilidade de produtos nos pontos de venda?

A resposta é por meio de soluções de ressuprimento automático de estoques, como o VMI – Estoque Gerenciado pelo Fornecedor. Baseada em informações do sell-out ou real consumo, essa solução estabelece um acordo entre indústrias e varejos, pelo qual as reposições são realizadas sem a necessidade de coletas e análises de dados por parte do varejo. A indústria opera a reposição de estoques de acordo com as informações de estoque e vendas de seus produtos. Com isso, há maior velocidade na reposição e processos ao longo da cadeia menos suscetíveis a falhas.

O varejo ainda pode automatizar a reposição de estoques entre seus Centros de Distribuição (CDs) e lojas, por meio de ferramentas de Planejamento de Distribuição.

2- Efetivar compras

Dos processos do varejo, efetivar compras mais assertivas é o fiel da balança entre a lucratividade ou o prejuízo. Todo dia o comprador do varejo se vê diante de um impasse: se não comprar o suficiente, haverá ruptura (falta de produtos). De outro lado, se exceder a demanda terá mercadorias paradas. Além disso, a quantidade de mão de obra envolvida para a cotação, a emissão dos pedidos e a checagem de documentos fiscais e de transportes é enorme. Para lidar com todas essas questões envolvidas nos processos de compras, ter processos padronizados e automatizados e a visibilidade do dos indicadores de estoque e vendas, é essencial!

3- Agendar o recebimento

Como a janela de recebimento das docas nos CDs (Centros de Distribuição) dos varejos é extremamente apertada, como fazer o agendamento de recebimento das mercadorias de forma ágil e assertiva onde não há uma solução automatizada? E o caos que um processo manual causa na portaria para receber a mercadoria? A falta de informação, assim como dados incorretos ou incompletos nos documentos, podem levar a filas enormes de caminhões nos pátios e portões dos Centros de Distribuição, lojas e supermercados. Todas essas situações causam prejuízos financeiros, perda de tempo, aumento nos custos logísticos e de mão de obra.

4- Receber mercadorias

No recebimento de mercadorias, uma ferramenta apropriada para o gerenciamento de notas fiscais eletrônicas facilita muito a rotina do varejo. Torna-se mais simples o envio, recebimento, validação, arquivamento e futuras consultas dos documentos fiscais gerados para cada transação, reduzindo drasticamente a troca de informações, como e-mail ou telefone.

Esse tipo de solução é capaz de fazer uma validação automática de todos os campos de uma NF-e, encontrando inconsistências que possam resultar em um confronto com o Fisco. Exemplo disso são bens tributados de forma incorreta e notas com um valor menor do que a da mercadoria negociada. Muitas vezes, no modelo contábil tradicional (no qual o recebimento e análise das notas é feita manualmente), a empresa não percebe a existência de tais erros.

5- Monitorar vendas e estoque

Como garantir a disponibilidade em gôndola tendo que lidar com o fluxo de informações de milhares de SKUs (Stock Keeping Unit) ou unidades de produtos em estoque, em centenas de lojas e provenientes de dezenas de fornecedores? A resposta está no monitoramento dos indicadores para identificar o que dita o ritmo de consumo, ou seja, as compras no sell-out.

Pense, então, que, ao monitorar vendas e estoque pelo ritmo de consumo, o varejo não apenas resolve um problema, como também abre janelas de oportunidades para aumentar as vendas de determinado item e ampliar e diversificar o mix de produtos.

6- Introduzir novos produtos

A indústria fez o lançamento de um novo produto ou irá colocar no mercado uma nova versão de um item do seu catálogo de ofertas. O varejo precisa receber as novas especificações para iniciar as vendas para o consumidor final. Então, como receber estas informações de forma ágil e sem falhas? Se não há uma sincronização das informações com a indústria, o varejista não sabe exatamente se o que está comprando é o produto mais atualizado ou pode ainda não conseguir visualizar todo o mix disponível. Uma das consequências é a perda de oportunidades de vendas.

Essa situação leva à uma concorrência desigual entre varejistas que cadastraram mais rapidamente ou de forma correta o novo produto, estando aptos a oferecerem a novidade aos seus clientes finais, versus aqueles que receberam o catálogo com atraso ou com dados incompletos.

Relembrando esses processos do gerenciamento da cadeia de suprimentos do varejo, fica claro que é preciso um avanço real no compasso da eficiência para enfrentar a crise e garantir vantagem competitiva. E para que essa evolução aconteça, há a necessidade de maior colaboração e integração do varejo com a indústria e os demais agentes da cadeia de.

Saiba mais sobre os  processos de supply chain da indústria e os desafios enfrentados pela ótica da manufatura e tenha insights para otimizar a sua gestão.

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