Estoque de mercadorias para casa e construção: como distribuir adequadamente?

Um dos maiores desafios enfrentados pela indústria no mercado de casa e construção é a manutenção do equilíbrio entre o volume de produção e a distribuição adequada dos seus produtos.

Isso porque abastecer diferentes pontos de vendas e distribuidores, os quais operam com níveis de demanda distintos, é uma tarefa complexa e que exige um esforço de gestão aprimorado e contínuo para que inconsistências não ocorram.

O equilíbrio no fornecimento das mercadorias é a chave, por exemplo, para que um varejo ou distribuidor não tenha produtos em excesso, enquanto outro enfrenta problemas com a falta do mesmo item.

Nesse contexto, otimizar os acordos comerciais e conhecer bem as necessidades do mercado é o que garante à indústria processos de distribuição mais alinhados, fluindo com eficiência e atendendo com precisão às demandas do mercado.

Conheça 6 indicadores para gestão de estoque!

Para ajudar você a atingir esse patamar, preparamos este post com algumas medidas estratégicas que podem ser implementadas. Confira!

Evitar excessos nos níveis de estoque no varejo

No mercado de casa e construção, ainda é comum ver indústrias, varejos e distribuidores com elevados estoques. No entanto, esse tipo de postura não beneficia toda a cadeia de suprimentos, visto que a indústria consome uma parcela da sua capacidade de produção para fornecer para poucos pontos de venda.

Como reflexo, pode ser que esse comprador, embora adquira itens em grande quantidade, fique com os produtos parados em seu estoque, não necessitando de reposição — o que é prejudicial para a indústria —, enquanto outro cliente não tem o mesmo item. Ou seja, perde-se a oportunidade de girar mais rapidamente a produção.

O ideal, então, é ter estoques suficientes apenas para atender o consumidor final (sell-out), alinhando o fluxo de vendas e reposição à capacidade de produção da indústria. Assim, os produtos chegam aos locais certos, na quantidade ideal e mantém o giro necessário para que indústria, varejo, distribuidor e consumidor se beneficiem.

Otimização dos acordos comerciais com os compradores

Outra medida que pode contribuir para uma melhor distribuição do estoque é a otimização dos acordos comerciais firmados entre os elos da cadeia. Essa, sem dúvida, é uma ação estratégica e que pode manter um fluxo de reposição dos produtos nos pontos de venda de maneira muito mais inteligente.

Em outras palavras, as empresas precisam estar mais sincronizadas. Para isso, é importante que a indústria tenha acesso a dados de vendas e estoques dos distribuidores e dos varejos, se alinhando assim à real necessidade desses parceiros de negócio.

Imagine se a indústria tivesse, por exemplo, a visão dos dados de vendas de seus distribuidores, podendo identificar preço, mix de produtos e oportunidades de negócios.

Dessa forma, o fornecimento pode ser realizado de maneira extremamente precisa, firmando-se acordos mais estratégicos e baseados em um nível de estoque otimizado e em um cronograma de reposição compatível com as demandas. Assim, privilegia-se o giro dos produtos e a redução dos custos com manutenção de grandes estoques.

Foco na disponibilidade dos produtos

O mercado de casa e construção, como se sabe, tem características bastante particulares quanto à sua forma de operar. A depender da empresa, mantem-se tanto um centro de distribuição quanto lojas com expositores e itens comercializados diretamente no balcão.

Tomando essa realidade como base, é preciso atender às demandas de ambos os modelos de negócio. Isto é, a disponibilidade dos produtos precisa ser mantida nos estoques do varejo, viabilizando compras em maior volume, assim como nas gôndolas.

Embora grande parte das entregas sejam feitas a partir do CD, ainda há uma certa procura por produtos nas prateleiras. Assim, é imprescindível se atentar a tal fato, já que o consumidor final pode optar por outra loja caso não encontre o que necessita.

Logo, ao distribuir os produtos, além de dimensionar os seus estoques, o varejista precisa também nutrir adequadamente as gôndolas, evitando insuficiências e/ou descompasso entre os itens disponibilizados e o nível de demanda exigida pelo cliente final. Isso garante a satisfação do consumidor e ainda fortalece o giro dos produtos.

Mas é importante lembrar que os níveis de estoque sempre devem ser geridos com cautela, a partir do sell-out. Só assim é possível manter a disponibilidade dos produtos sem mercadorias em excesso.

Operação com estoque agregado

Na indústria de casa e construção, a competição é bastante acirrada. Por isso, há uma grande necessidade de se operar de maneira estratégica, escoando eficientemente a produção e nutrindo bem os PDVs, a fim de que o fluxo de vendas se mantenha alinhado à produtividade.

Nesse contexto, uma das estratégias utilizadas é a operação por meio de estoques agregados. Ou seja, é a indústria quem mantém um nível de estoque mais elevado em seus depósitos, e não o varejo.

Assim, por exemplo, é possível dimensionar e controlar melhor os níveis de produção na indústria, além de ser mais fácil compatibilizá-la com as demandas dos varejos e distribuidores.

A grande vantagem é que o fornecedor acaba tendo uma boa disponibilidade do produto em seu estoque, podendo atender rapidamente os pedidos do varejo. Do mesmo modo, o varejo pode trabalhar com estoques menores, porém suficientes, além de conseguir repor mais rapidamente as mercadorias — na hipótese de cobrir demandas sazonais e urgentes, por exemplo.

Isso não seria possível caso esse estoque agregado estivesse concentrado apenas no varejo, já que a mercadoria ficaria parada e inviabilizaria a sua aquisição e giro por outros compradores, prejudicando todos os agentes envolvidos nessa cadeia — sobretudo a indústria, que acabaria tendo que produzir ainda mais.

Portanto, em se tratando de casa e construção, a relação entre varejo e indústria precisa operar em níveis bastante otimizados, garantindo o atendimento ágil e preciso das demandas do mercado.

Para isso, a tecnologia é fator primordial para se estabelecer um bom controle, integração e comunicação eficiente entre os envolvidos. Existem softwares que fornecem a visibilidade dos dados dos distribuidores e varejos, entregando informações diárias de vendas e estoque.

Agora que você já conhece um pouco melhor como distribuir adequadamente o estoque no mercado de casa e construção, não pare por aqui. Assine nossa newsletter e fique informado com os melhores conteúdos sobre esse e outros temas relacionados!

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