A Cadeia de Suprimentos apresenta-se atualmente como uma robusta ferramenta de negócio que permite interligar os diferentes setores (elos) responsáveis pela disponibilização dos produtos no mercado, desde o fornecimento da matéria prima pelo Produtor, à fabricação do produto acabado pela Indústria e à distribuição dos produtos através do Varejo até a sua compra pelo consumidor final.
O objetivo de sua gestão é obter grande sinergia entre estes elos que compõe sua malha, de forma a garantir o melhor nível de serviço ao menor custo e tempo de resposta à demanda, tendo a quantidade certa do produto, no tempo ideal e no local correto. Para isso, é necessário envolver estes elos em um processo colaborativo e sincronizado com as informações de estoques e vendas.
Não podemos esquecer que a Cadeia de Suprimentos é um fluxo contínuo e que não deve ser interrompido para que não sejam geradas restrições na reposição, pois a sua interrupção gera excesso de estoques em uma das pontas e falta na outra, conforme ilustração da Figura 1.
Figura 1. Falta x Excesso de estoques
O fluxo desta reposição deve ser visto como o conceito de um Sistema Simples que visa o ótimo global, onde o impacto em qualquer um dos elos da cadeia é visto em todos os demais, evitando a geração de efeitos indesejáveis no processo.
Sistemas complexos geram necessidades locais, o que deixa iminente a necessidade de processos distintos e não interligados, conforme ilustração da Figura 2.
Figura 2. Sistema Simples x Sistema Complexo
O que diferencia um Sistema Simples de um Complexo é o grau de liberdade entre os mesmos, onde se entende por graus de liberdade a quantidade de pontos a serem tocados no sistema para que possam ser promovidas as mudanças necessárias. Mesmo existindo menos integrantes no processo, se o grau de liberdade entre os mesmos for infinito este Sistema será considerado Complexo.
Falando em Cadeia de Suprimentos, precisamos criar mecanismos que nos permitam gerar um Sistema Simples, onde os membros desta cadeia ordenem suas ações para um objetivo comum, ou seja, o Ótimo Global, minimizando os conflitos gerados pelo Ótimo Local.
O Ótimo Global não é a soma dos Ótimos Locais, mas sim um processo que visa o melhor resultado final desde a sua origem.
Uma das formas para criação de sistema simples é a subordinação da cadeia ao consumo real. Ou seja, todas as ações dentro da cadeia devem estar orientas aos movimentos de venda real, pois desta forma minimiza-se o desbalanceamento de estoques e os impactos do efeito chicote, conforme ilustração da Figura 3.
Como consequência destes efeitos desejáveis, aumenta-se a geração de caixa por meio do aumento das vendas e é possível praticar um maior Nível de Serviço ao protagonista de todo este processo: o Consumidor Final.