A gestão de transporte de cargas é um processo fundamental para empresas, distribuidores e varejistas. Todo negócio que precisa deslocar seus produtos e possui uma frota de veículos deve se preocupar com a qualidade, eficiência e agilidade dessa atividade.
No Brasil, 58% do transporte é feito pelo modal rodoviário, o que revela um grande desafio para os gestores que atuam no setor. Isso porque, existem sérias deficiências e problemas na malha rodoviária brasileira.
No entanto, mesmo com as dificuldades, é possível desempenhar uma gestão eficiente e alcançar bons resultados. Aliás, é exatamente isso que você aprenderá neste post. Acompanhe!
O que é a gestão de transporte de cargas?
A gestão de transporte de cargas envolve o controle de toda a movimentação de um produto entre um ponto e outro. Como você sabe, há um longo caminho e várias etapas a serem percorridas entre a produção de um item e sua entrega ao consumidor final, como:
- controle da frota;
- planejamento de rotas;
- rastreio dos veículos;
- gestão de documentos relacionados ao transporte;
- controle de custos;
- gestão de riscos — avarias, atrasos e perdas no transporte.
Com o crescimento do e-commerce, esses processos têm se tornado ainda mais relevante, posto que o consumidor exige uma entrega segura, rápida e dentro dos padrões de qualidade.
Com isso, uma boa gestão de transportes contribui para a melhoria da logística empresarial, fazendo com que o cliente tenha acesso ao produto certo, no local indicado e dentro de um prazo razoável.
O rastreamento de cargas
O rastreamento de cargas é um importante ponto a ser levado em consideração na gestão desse processo. Isso porque é possível, por meio desse controle, olhar de perto aspectos como produtividade, segurança e custos.
“No Brasil, nós temos uma concentração muito grande no modal rodoviário. Então, sobre as formas de rastreamento ou rastreabilidade nós vamos ter aplicações muito parecidas no rodoviário, ferroviário e talvez no marítimo. Essas tecnologias são basicamente realizadas por meio de GPS ou satélites. Porém, nós estamos atualmente vivendo um momento de avanço, por meio do sistema IoT (Internet of Things, ou Internet das Coisas) e Big Data”, explica Marcelo Campos, professor especialista em Logística da FMU em entrevista para a empresa de gestão de frotas Cobli. “Chegamos exatamente no ponto de virada e temos como horizonte para a Logística essa migração de tecnologias que foram criadas nos anos 1990, quando se usava muitos sinais de satélite e telefonia. Durante 2013 e 2014 ocorreu o que chamamos de Revolução 4.0 e, a partir daí, se criou o Supply Chain 4.0?, pontua.
Como melhorar esse processo?
Quando o assunto é gestão de transportes, é comum ouvirmos falar na busca por maior eficiência e redução de custos.
Não há dúvidas de que essas metas são relevantes, principalmente porque a logística consome 12,37% do faturamento de uma empresa, sendo que 63,5% desse gasto é referente às despesas com transporte.
Diante disso, a questão é: como garantir um melhor controle financeiro e operacional da sua frota? Confira as dicas que selecionamos para você!
Trabalhe com metas
Trabalhar com metas é uma das estratégias mais eficazes dentro do contexto corporativo. Afinal, é preciso saber o que você pretende conquistar, isto é, quais melhorias devem ser implementadas a esse processo.
A gestão de transportes deve começar com essa definição clara e precisa dos objetivos, que podem ser, por exemplo:
- redução do tempo de transporte em 10%;
- aumento da produtividade no recebimento de mercadorias em 20%
- redução de 5% dos custos com combustível;
- redução das perdas no transporte em 30%;
- redução dos gastos com manutenção dos veículos em 15%;
Invista em planejamento
Séneca, pensador do Império Romano, já dizia que “para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve” e a ideia é exatamente essa. Depois de definir as metas, é preciso planejar suas ações, pois são elas que conduzirão aos resultados esperados.
Perca um bom tempo planejando as atividades do setor de logística, especialmente aquelas que se relacionam ao transporte. Aposte na padronização de processos, como registros de abastecimento e manutenções e planejamento de rotas inteligente — com auxílio de tecnologia de geolocalização.
Tenha controle de todos os gastos
Não há como reduzir gastos sem conhecê-los bem. Por esse motivo, é importante que você passe a anotar todas as despesas relacionadas ao transporte, desde o pagamento de motoristas até as manutenções nos veículos.
Esse hábito permite uma visão global do processo e ajuda a definir áreas e atividades que estão consumindo muito capital ou gerando desperdícios. A ideia é encontrar esses gargalos para, posteriormente, planejar estratégias de intervenção.
Invista em um bom software de gestão
A tecnologia é importante em todos os setores de uma organização, mas a logística é uma das maiores beneficiadas. Ainda assim, um recente estudo do Ipsos e TruckPad concluiu que 23% das empresas não utiliza um TMS para gerenciar seus fretes. Ou seja, o investimento em Indústria 4.0 ainda precisa evoluir nesse segmento.
Não cometa esse mesmo erro! Pesquise e contrate um bom software de gestão de transportes, pois ele o ajudará em questões relevantes, como:
- controle e previsão de gastos com a frota;
- monitoramento da localização em tempo real dos veículos;
- acompanhamento automático dos prazos;
- gestão da disponibilidade da frota;
- monitoramento dos custos por viagem;
- planejamento automatizado das rotas;
- controle automático dos pedidos e da separação;
- emissão e gestão de documentos fiscais.
Aposte no EDI Logístico (Eletronic Data Interchange)
Fazer mais e em menos tempo é o grande desafio do setor de logística, mas há uma tecnologia que pode ser uma importante aliada das empresas: o EDI Logístico (Eletronic Data Interchange).
Trata-se de uma ferramenta que favorece a integração entre as empresas que atuam na cadeia de suprimentos, sendo especialmente útil para os distribuidores.
A função principal desse recurso é simplificar a transmissão de documentos de transporte entre os negócios, visto que isso passa a ser feito com a mínima intervenção humana — o que reduz erros e falhas no processo.
Além de compartilhar de maneira automática dados e informações de transporte entre as empresas – como instruções, conhecimento e status, pré-faturas e documentos de cobrança -, o EDI Logístico ainda realiza o rastreamento das cargas transportadas. Com isso, tarefas repetitivas são eliminadas e todos conseguem ter uma visão mais estratégica de toda a cadeia logística.
Ou seja, a implementação dessa tecnologia, além de reduzir o tempo necessário para a finalização das atividades, reduz custos e proporciona uma melhoria significativa no transporte de cargas, o que se transforma em um importante diferencial competitivo do negócio.
Monitore os resultados
Por último, é relevante destacar a fase de monitoramento de resultados. Afinal, não basta traçar metas e planejar, é necessário monitorar e acompanhar o desempenho geral dos processos.
Lembrando que, esse acompanhamento periódico é uma técnica para prevenir problemas e reduzir os impactos de possíveis falhas. Quanto mais rápido o gestor identificar um gargalo de produtividade, menores serão os seus efeitos negativos.
Por isso, baseie sua gestão em indicadores de desempenho e adquira o hábito de avaliar e repensar estratégias quando perceber resultados abaixo do esperado.
A gestão de transporte de cargas é uma atividade estratégica dentro das empresas. Não importa em que fase da cadeia suprimentos seu negócio está inserido, é preciso se dedicar e garantir que os produtos sejam conduzidos para o próximo estágio com qualidade, eficiência e segurança. Com isso, aproveite bem as dicas apresentadas e invista na melhoria desse processo em seu negócio.
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