A cadeia de suprimentos reúne um grande número de processos, que envolve tanto as áreas internas da indústria (marketing, trade marketing, produção, logística, operações, comercial e financeiro) quanto os seus parceiros de negócios (fornecedores, outras indústrias, varejo, distribuidores, transportadores). Esses processos têm suas próprias dores e demandas, mas um objetivo comum: disponibilizar o produto ao consumidor, na hora certa e na quantidade adequada, com alto giro de estoque e fluxo de caixa liberado.
Saiba como driblar os desafios e otimizar cada um dos processos:
1- Planejar Vendas e Operações
O planejamento de vendas e operações ou S&OP (Sales & Operations Planning). é um processo de gerenciamento integrado. Sua execução, quando realizada de forma consistente e baseada na demanda do consumidor final (sell-out), auxilia na estruturação de uma estratégia única da empresa, com alinhamento dos planos comercial e de capacidade de produção e distribuição. Ignorá-lo, ou fazê-lo de forma inconsistente, pode trazer impactos negativos, entre eles, o dimensionamento inadequado de estoques para atender seus clientes (varejo, outras indústrias e distribuidores), a perda de share de mercado e até a inviabilidade total do negócio.
Contar com a tecnologia para ter acesso a informações do comportamento do consumidor e realizar o S&OP em função do sell-out é uma excelente saída para otimizar o processo.
2- Planejar Estoques
Saber a quantidade, o item, a hora e o local certos para que o encaixe entre oferta e procura seja perfeito é quase uma impossibilidade em processos gerenciados à mão ou por dados dispostos em planilhas. Não estar afinado com o mercado ao planejar estoques e produção pode significar deixar as gôndolas desabastecidas e os clientes insatisfeitos – ou, até mesmo, perder o prazo de validade em produtos não consumidos, pelo excesso de disponibilidade. Nesse cenário, as perdas de vendas refletem nos ganhos e os excessos de estoque impactam diretamente nos custos das companhias. E isso influencia a fluidez do caixa da empresa. Ferramentas que realizam a distribuição adequada de estoques entre indústrias, varejos e centros de distribuição com base na demanda do consumidor, são a chave para evitar a falta de produtos nas gôndolas.
3- Planejar a Compra da Matéria-Prima
Mais conhecido para planejamento de estoques entre indústria e varejo, o conceito de Vendor Managed Inventory (VMI), ou estoque gerenciado pelo fornecedor, pode ser aplicado também para prover inteligência para a compra de matéria-prima. Olhando o real consumo (sell-out) por dia, semana e mês é possível mensurar a aquisição de insumos, sem faltas ou excessos, minimizando os outliers (ponto atípico de uma média histórica que leva a prejuízos na interpretação dos dados). E entre as principais preocupações dos compradores da indústria estão os atrasos gerados pela falta de sinergia para estimar quanto, quando, como e com qual fornecedor esta compra deve ser feita.
4- Comprar matéria-prima
O processo de compra de matéria-prima é bastante complexo para as indústrias, seja ela compradora ou fornecedora. Envolve um verdadeiro batalhão de gente solicitando cotações, recebendo pedidos, checando planilhas e um vai e vem interminável de ligações e e-mails. Os compradores e gestores de supply chain convivem com a preocupação constante de não interromper a manufatura por falta de insumos. Sem padronização, automatização e integração, essas operações geram todo tipo de riscos: da carga não chegar no prazo, de pagar fretes mais altos e de gerar filas intermináveis de caminhões, sobrecarregando a portaria no recebimento dos insumos.
5- Lançar Produtos
Ao lançar produtos, o chamado speed-to-market (velocidade de entrada no mercado) é vital. Ou seja, o quanto a empresa está preparada para posicionar o novo produto em seus canais de venda para sua visibilidade e aceitação no mercado de acordo com os resultados esperados. Para isso, é preciso garantir que os cadastros/catálogos dos produtos estejam completos e atualizados por meio de tecnologias adequadas. Informações incorretas ou incompletas geram insatisfação dos clientes e um maior número de trocas e devoluções, resultando em aumento do custo logístico dos parceiros de negócio, abalo na imagem e, consequentemente, perda de vendas e de market share.
6- Receber Pedidos de Venda
O processo de recebimento do pedido de venda feito de forma manual exige uma grande quantidade de mão de obra envolvida para a cotação, emissão dos pedidos, contratação de frete, checagem de documentos fiscais e de transporte. Os fabricantes ainda precisam adequar o cadastro para cada varejo. Sem falar nos riscos financeiros. Para comprar pelo menor preço, por exemplo, o varejo precisa fazer um pedido em grande quantidade. O que pode levar a uma aquisição maior do que a demanda, o que significa dinheiro parado. Muitas vezes é preciso também adiantar o pagamento para garantir o pedido, o que compromete todo o fluxo de caixa. Automatizar esse processo com soluções fiscais e de troca de documentos é a saída para evitar riscos.
7- Repor produtos nos canais de vendas
Assim como efetiva a compra no varejo, o VMI faz a reposição automática de produtos nos canais de venda utilizando as mesmas regras de negócios e parâmetros com o cruzamento de informações e análise de cenários direcionados pelo real consumo (sell-out). Ao analisar o comportamento de cada loja e considerar automaticamente uma série de variáveis, o processo do varejo de reposição dos produtos pode ser feito com autonomia pelos fornecedores, exatamente no período, na quantidade e no momento em que precisa que a mercadoria chegue para cada uma das unidades daquela rede. O ressuprimento automático de estoques, com base na demanda do consumidor final, traz ganhos como maior giro de mercadorias, aumento da disponibilidade nos pontos de venda e maior retorno no valor investido em estoque.
8- Monitorar Estoques e Vendas nos Canais Direto e Indireto
Como monitorar um portfolio de milhares de itens e diversas categorias de produtos em todos os varejos (canal direto)? E imagine a dificuldade do fabricante em analisar os dados recebidos de dezenas ou até de uma centena de distribuidores (canal indireto), coletando e enviando informações de estoque e de vendas em formatos distintos e em arquivos diversos. Pense então que, ao monitorar os indicadores no canal direto e indireto pelo ritmo de consumo (sell-out), a indústria não apenas resolve um problema, como também abre janelas de oportunidades para vender mais determinado item, ampliar e diversificar o mix de produtos e vender melhor.
9- Expedir e Entregar o Produto
Como fazer o agendamento da entrega de forma ágil e assertiva onde não há uma solução automatizada? E o caos que um processo manual causa na portaria de quem recebe a mercadoria? Lidar com esses atrasos e exceções, como devoluções de notas fiscais e devoluções na entrega, leva à insatisfação do cliente final. Todas essas situações causam prejuízos financeiros, perda de tempo, aumento nos custos logísticos e de mão de obra. Soluções que agendam a entrega de mercadorias resolvem esse caos do processo.
10- Realizar Faturamento
Sua empresa teve um período de vendas excelente e, claro, gerou grande número de boletos e notas fiscais para diversos clientes envolvendo a mesma quantidade de instituições bancárias. Além de uma infinidade de documentos, estes são, na maioria das vezes, digitados manualmente, impressos, enviados por correio ou email e armazenados em arquivos físicos. Então como realizar faturamento e fazer todas as operações financeiras de forma automatizada e integrada aos processos da sua empresa e da cadeia de suprimentos? Por mais que sua equipe seja muito boa no que faz, poder lançar mão de uma ferramenta de gestão financeira faz toda a diferença.
Conclusão
Otimizar os processos acima e sincronizá-los em função da demanda do consumidor, exige muita tecnologia e inovação. Mas com as soluções para a gestão automática da cadeia de suprimentos disponíveis no mercado, a indústria pode trabalhar de maneira integrada e colaborativa com seus parceiros de negócio e garantir resultados expressivos.
Acompanhe os próximos posts e saiba mais sobre como uma solução completa pode auxiliar na sincronização e automação dos processos da indústria de ponta a ponta.