Como evitar perdas financeiras na cadeia de suprimentos? 

Ninguém gosta de perder dinheiro. Quando se fala em algo gigante e que funciona 24/7, como a supply chain, qualquer problema, qualquer atraso, pode gerar prejuízos milionários. É preciso um trabalho de excelência para evitar perdas financeiras na cadeia de suprimentos. 

A pandemia demonstrou diversas fragilidades que existem ao longo da cadeia, bem como muitas oportunidades de melhoria. Resiliência tornou-se mandatória em meio a um período de crises e incertezas. 

O lado bom é que os empresários que passaram pela crise estão otimistas: o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) só tem crescido nos últimos meses. 

No levantamento do último mês de agosto de 2021, o indicador chegou aos 115 pontos, o que significa que ficou acima da zona considerada de satisfação – aumento de 47,5% se comparado ao ano anterior. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

Considerando que este indicador pode ajudar o varejo a preparar seu estoque para vendas futuras, o otimismo dos empresários é um bom sinal. 

O que pode causar perdas financeiras na cadeia de suprimentos 

Quem atua na cadeia de suprimentos sabe: os problemas podem aparecer de surpresa a qualquer momento. E, além de prejuízos, eles geralmente causam transtornos e muita dor de cabeça. 

A ruptura, por exemplo, é uma das principais causadoras de perdas financeiras na cadeia de suprimentos. Se o cliente não acha o produto na gôndola, não realiza a compra. O varejo e a indústria perdem a venda. 

Muitas coisas podem causar uma ruptura: o caminhão estragou na estrada com a mercadoria. O repositor não abasteceu a gôndola. A fila de caminhões no pátio atrasou a entrega. O controle de estoque não previu a falta de um produto. 

Claro que o prejuízo financeiro não é fruto somente da escassez de SKUs. Os custos operacionais também devem ser levados em conta. Uma gestão que não busca otimizar processos nem identificar e corrigir erros está fadada a gastar mais do que deveria. 

A gestão de estoque também pode se tornar um problema. Se um pedido é feito de maneira descuidada, o produto acaba ficando parado no depósito, acumulando poeira. Se o estoque não gira, pode acreditar que vai haver perdas financeiras na cadeia de suprimentos. 

O excesso de estoque está entre os problemas gerados pela dificuldade que as empresas do setor de varejo têm em equilibrar reposição e consumo. Sem consultar dados, indicadores e históricos de vendas, as compras acabam sendo feitas “no escuro”. 

Felizmente, neste ponto, os gestores estão numa situação melhor do que há alguns anos. Em 2015, o Icec apontou o índice mais desfavorável em 4 anos. Agora, em 2021, mais de 78% dos entrevistados relataram que a situação atual dos estoques está adequada. 

Otimismo para fugir das perdas financeiras na cadeia de suprimentos 

Esta é uma boa notícia, pois indica que o varejo aprendeu com seus erros. A resiliência, que já mencionamos, é a capacidade de se adaptar para superar obstáculos. E a pandemia comprovou que a adaptação é fundamental para evitar grandes perdas financeiras na cadeia de suprimentos. 

O grande varejista, que tem muitos centros de distribuição e centenas de lojas, precisa gerenciar centenas de milhares de produtos, seja nos depósitos ou nos pontos de venda. A dimensão da operação só não é maior que a complexidade para gerenciá-la. 

Nessas horas, o empresário do varejo precisa cuidar (muito) bem dos seus pontos de estoque para alcançar maior competitividade, melhorando o desempenho financeiro e oferecendo um nível de serviço de excelência aos seus clientes. 

O otimismo dos varejistas é um sinal de que eles estão confiantes de que, como diz o ditado, “depois da tempestade, vem a bonança”. Para 68% dos empresários entrevistados pelo Icec, a economia deve melhorar nos próximos meses. Para outros 58,7% as condições já estão mais favoráveis. 

Evitando perdas financeiras na cadeia de suprimentos 

Para lidar com os desafios do cotidiano e minimizar as chances de problemas, os gestores da cadeia de suprimentos precisam se valer de ferramentas que lhes permitam ter o máximo de visibilidade e controle. 

Boa parte dos entraves que geram perdas financeiras na cadeia de suprimentos estão ligados à falta de visibilidade. Seja do nível dos estoques, da logística ou da própria gôndola vazia, se o varejista ou a indústria não têm visibilidade, eles fatalmente vão ter prejuízo. 

Políticas de estoque mal elaboradas, por exemplo, fazem o empresário “errar a mão” na quantidade de produtos que as lojas armazenam, e isso gera consequências: produtos perecíveis podem se estragar no estoque, enquanto outros – como eletrônicos, por exemplo – podem perder sua relevância com o tempo (atingindo a chamada obsolescência). 

Justamente por isso, é importante que o gestor trabalhe sempre com estoques saudáveis, ou seja: sem falta de produtos para evitar a ruptura, nem excesso, que podem acabar “encalhados”. 

Felizmente, os gestores da cadeia de suprimentos têm na tecnologia uma grande aliada para evitar surpresas desagradáveis. Os dados de consumo são de suma importância para a indústria e o varejo entenderem como andam os hábitos de compras e o comportamento do consumidor. 

Cada mercadoria vendida, cada cliente atendido, cada pedido entregue, gera dados. Tirar proveito desses dados é fundamental para nortear pedidos futuros, ou mesmo para descobrir (e aproveitar) novas oportunidades em potencial. 

Felizmente, este trabalho não precisa ficar só nas mãos do varejista: ele pode contar com a ajuda de seus fornecedores para monitorar seus estoques e garantir que o cliente sempre encontre o que procura. 

A importância do VMI

Aí entra o VMI, vendor managed inventory, sigla que em português significa “estoque gerenciado pelo fornecedor”. Esta metodologia de trabalho é uma das maneiras que a indústria tem de ajudar o varejo no controle de seus estoques – o que é vantajoso para ambos. 

Funciona assim: por meio de uma plataforma compartilhada entre indústria e varejo, o estabelecimento envia informações de consumo dos produtos ao fornecedor. Quando o estoque chegar a um determinado nível previamente acordado, a indústria faz a reposição de forma automatizada. 

Assim, itens de reposição contínua estarão sempre disponíveis e o varejista conseguirá obter maior equilíbrio entre níveis de estoque e consumo. Já o fornecedor consegue estabelecer um fluxo de produção (e de vendas) constante, garantindo sua saúde financeira. 

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