DOC, TED, boleto ou cartão de crédito. Por muito tempo essas foram as únicas opções para realizarmos pagamentos ou transferências. E pessoas físicas e jurídicas se acostumaram com prazos de horas ou dias para verem as transações concluídas. Com o Pix, meio de transferência de dinheiro criado pelo Banco Central, esse tempo cai para 10 segundos, com as operações podendo ser feitas 24 horas e 7 dias por semana.
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Bom, já deu para ter uma ideia, mas, de fato, o que é Pix, como ele funciona e qual a diferença dele para os atuais meios de pagamentos e transferências. É isso que vamos responder nesse post, apresentando os principais aspectos dessa novidade que passa a valer a partir do dia 16 de novembro.
O que é o Pix?
O Pix é um modelo de pagamento instantâneo desenvolvido no Brasil pelo Banco Central. Com ele, a ordem de pagamento e a disponibilidade de fundos para o usuário recebedor ocorre em tempo real.
Os bancos, fintechs e plataformas de pagamento podem oferecer o pagamento via Pix como um de seus serviços, sendo acessível por aplicativo, internet banking ou caixa eletrônico.
Como funciona o Pix?
De acordo com o Banco Central, as transferências ocorrem diretamente da conta do usuário pagador para a conta do usuário recebedor, sem a necessidade de intermediários, o que propicia custos de transação menores.
O dinheiro cai na conta do recebedor em cerca de 10 segundos, diferente das limitações que ocorrem hoje com os outros meios, que funcionam somente em dias úteis. No DOC e no boleto, por exemplo, os valores podem ser creditados dias depois.
As pessoas físicas podem usar o sistema para realizar transferências e pagamentos para estabelecimentos comerciais. Já as empresas conseguem, além das transferências, pagar fornecedores, salários e tributos federais.
Como se inscrever no Pix?
O Pix não é uma nova conta e nem exige o download de um novo aplicativo para ser usado. Quem tiver interesse em usar pode se cadastrar no aplicativo ou internet banking dos bancos, fintechs ou plataformas de pagamentos.
Esse cadastro será a partir da criação de uma chave Pix, que pode ser número de celular, e-mail, CPF ou CNPJ. Na prática, ela substitui os dados de conta corrente ou poupança. São 5 chaves para pessoas físicas e 20 para pessoas jurídicas em cada instituição.
Quem não quiser fornecer os dados pode optar por uma chave aleatória. É um código único, de 32 caracteres com letras e símbolos, gerado aleatoriamente pelo Banco Central e atrelado a uma única conta.
De acordo com o Banco Central, essa opção foi criada principalmente para ser utilizada com QR codes gerados por meio do aplicativo de sua instituição, a fim de facilitar o recebimento de recursos financeiros. Ela também pode ser copiada e enviada, por exemplo, por mensagem, não sendo a intenção que seja memorizada pelo usuário.
O usuário pode cadastrar múltiplas chaves aleatórias, vinculando à mesma conta ou a contas diferentes, desde que dentro do limite de 5 chaves por conta, se pessoa física, e 20 chaves por conta se pessoa jurídica.
Como as transações são realizadas no Pix?
O pagamento pelo Pix pode ser feito de duas formas:
QR code
Uma das possibilidades é ler um QR Code com a câmera do smartphone, na opção de fazer um Pix no aplicativo da sua instituição financeira ou de pagamento.
Chave Pix
A outra opção é informar uma chave Pix, que pode ser CPF ou CNPJ, e-mail e telefone celular do recebedor. Além dessas alternativas, há a chave aleatória, por meio da opção disponibilizada por sua instituição financeira ou de pagamento no aplicativo.
As duas opções devem ser fornecidas pelo recebedor dos valores, que deve gerar o código QR code ou informando a chave Pix na qual deseja receber o pagamento.
Em tese, não há limite de valores nas transações pelo Pix. O que pode acontecer é a instituição financeira estabelecer algum valor máximo, considerando critérios de mitigação de riscos de fraude e de infração à regulação de prevenção à “lavagem” de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
O participante do Pix deve disponibilizar opção para que o usuário final solicite alteração no valor do limite disponibilizado, acatando as solicitações para diminuir o valor do limite disponibilizado e ainda, a seu critério, acatando solicitações para aumentar o valor do limite disponibilizado.
Operação do Pix pelo EDI Neogrid
A operação de pagamentos instantâneos no modelo Pix para B2B no canal bancário ainda requer a homologação da transferência dos arquivos no novo layout junto aos bancos. As primeiras transferências deverão ocorrer a partir de 16 de novembro onde será possível iniciar os testes em produção.
Os primeiros testes deverão ocorrer com aqueles Bancos que já divulgaram os novos layouts. Com este modelo de layout disponível, a Neogrid fará rapidamente a adequação do padrão EDI que atenderá todos os clientes que já possuem integração para pagamentos e cobranças através do nosso modelo de EDI Financeiro.
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