6 desafios a serem superados na cadeia de suprimentos do varejo

Todas as empresas que formam os elos da cadeia de suprimentos precisam estar sincronizadas. Desde o abastecimento de matéria-prima até a entrega do produto ao cliente é preciso integrar os processos para balancear estoques e evitar rupturas (falta de produtos). Nesse sentido, há uma importância grande na cooperação entre indústria e varejo para capitalizar as oportunidades e gerenciar as mudanças de mercado pelo ritmo do consumo. Quando há a falta de integração na cadeia de suprimentos do varejo, alguns dilemas surgem, que é que vamos ver a seguir.

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Veja como superar os desafios da cadeia de suprimentos do varejo

Para chegar a uma cadeia de suprimentos mais estruturada e automatizada, o varejo tem pela frente alguns desafios. Vamos ver quais são e como superá-los.

1- Como evitar a perda de vendas sem elevar estoques?

Para evitar a perda de vendas sem elevar estoques, indústria e varejo precisam orientar seus processos pela demanda do consumidor final (sell-out). Um dos maiores desafios para que isso aconteça é o compartilhamento de informações de estoque e vendas de forma colaborativa, para que a reposição seja realizada adequadamente. “Sem essa relação colaborativa, o varejo perde vendas e não ganha competitividade no mercado”, afirma Robson Munhoz, CSSO da Neogrid.

Com uma solução que abasteça varejo e indústria com informações precisas sobre o desempenho dos produtos nos pontos de venda, é possível promover, de forma assertiva, a distribuição e a reposição de estoques. E sempre utilizando como base o ritmo de consumo para garantir a disponibilidade, aumentar o giro de mercadorias e, consequentemente, evitar perda de vendas.

2- Quais os principais motivos das minhas perdas de vendas?

Efetivar compras mais assertivas é o fiel da balança entre a lucratividade ou o prejuízo. O comprador do varejo necessita de informações do comportamento do produto nas prateleiras e de planejamento para comprar na quantidade e no momento em que precisa que a mercadoria chegue. É possível fazer isso olhando para os dados que existem dentro de casa, criando formas ágeis de analisá-los e tirar insights a partir deles.

Se o varejo observa atentamente dados que indicam quais produtos faltam e os motivos, pode tirar daí oportunidades de abastecimento ou mesmo fazer a execução em loja.

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3- Como garantir que meus produtos estão nas lojas corretas?

Como fazer a gestão adequada dos produtos nas lojas já que o seu varejo recebe milhares de itens diferentes de centenas de fornecedores? A resposta é: administrando o mix de produtos, os espaços que eles ocupam, os preços e as ofertas tendo como premissa básica o real consumo de forma a garantir a oferta de produtos loja a loja.

Ao contar com informações do último elo da cadeia, ou seja, no sell-out, o varejo pode planejar o reabastecimento dos produtos com muito mais assertividade de acordo com a demanda variável. Isso porque o consumo nunca será o mesmo ao longo do tempo e, muito menos, o mesmo em cada PDV (Ponto de Venda).

4- Como reduzir os erros fiscais na minha operação?

Contar com uma ferramenta apropriada para o gerenciamento de notas fiscais eletrônicas facilita muito a rotina do varejo. Esse tipo de solução é capaz de fazer uma validação automática de todos os campos de uma NF-e, encontrando inconsistências que possam resultar em um confronto com o Fisco. Exemplos disso são bens tributados de forma incorreta, notas com um valor menor do que o da mercadoria negociada e assim por diante.

É importante lembrar que as multas fiscais, embora sejam problemáticas e possam causar um alto prejuízo no caixa da empresa, não são o pior cenário possível em uma fiscalização da Sefaz. Caso a companhia seja acusada pelo órgão de fraude fiscal (mesmo que sem querer, como pedir crédito fiscal em uma nota contendo um erro não identificado), ela poderá ser penalizada tendo seu benefício de redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cassada.

5- Como evitar filas no desembarque das mercadorias?

O processo logístico de expedição e entrega do produto fica ainda bastante complexo com a falta de integração no supply chain. Se o monitoramento do andamento da entrega é feito de forma manual ou, muitas vezes, é inexistente, isso certamente vai impactar na agenda de recebimento da mercadoria, causando filas gigantescas de desembarque nos pátios portões dos Centros de Distribuição (CDs) varejista.

O intercâmbio de dados eletrônicos, via integração dos sistemas, assegura um controle rígido sobre o que está trafegando para garantir recebimentos no prazo e também otimizar custos. Assim, o varejo consegue acompanhar pelo sistema integrado se o pedido foi recebido e o status da entrega, bem como recebem a fatura correspondente, com todas as informações checadas e aprovadas.

Outra necessidade é controlar o agendamento para a chegada dos pedidos nas docas. Se o varejo não faz isso de forma organizada e sistemática, também sofrerá com filas e até falta de produtos. Por isso, é importante automatizar isso de alguma forma.

6- Como ampliar o número de fornecedores sem elevar custos operacionais?

Em tempos de competição acirrada, a busca dos varejistas pelo menor preço de produto e menor custo de frete tem sido cada vez maior. Mas essa economia, que parece uma vantagem no início, vai se perdendo por falta de integração no supply chain. Para comprar pelo menor preço, por exemplo, o varejo precisa fazer um pedido em grande quantidade. O que pode levar a uma aquisição maior do que a demanda, aumentando o tempo de estoque, ou seja, dinheiro parado.

Com a enorme quantidade de pedidos trafegados por e-mail, a possibilidade de serem extraviados ou serem enviados para um endereço errado é proporcionalmente grande. Além disso, com um procedimento manual e não integrado, a quantidade de mão de obra envolvida para a cotação, emissão dos pedidos, contratação de frete, checagem de documentos fiscais e de transportes é enorme. Resultado: custos dobrados e produtividade lá embaixo.

Com processos de supply chain do varejo alinhados à indústria, há maior colaboração e integração levando a ganhos de competitividade. Do contrário, a falta de integração no supply chain, leva o varejo a enfrentar todo tipo de riscos e problemas: da carga não chegar no prazo, de pagar fretes mais altos, de perda de vendas e de market share.

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