A digitalização da cadeia de suprimentos, muito mais que discurso, vem se tornando cada vez mais uma realidade. Segundo um estudo da Gartner, 23% dos líderes do setor de supply chain esperam ter um ecossistema digital até 2025. Hoje, apenas 1% deles estão inseridos no meio digital.
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Por que a digitalização da cadeia de suprimentos é importante?
Como diversas outras áreas, a cadeia de suprimentos foi bastante afetada pela pandemia. Algumas vulnerabilidades do sistema foram expostas tanto no Brasil quanto no mundo, acendendo um alerta para a necessidade de ajustes.
Percebeu-se que a supply chain precisava ser mais resiliente. Estar mais preparada para lidar com períodos de crise de nível global. Ninguém pode prever pandemias, catástrofes e desastres naturais, mas os negócios não podem parar. E se a cadeia de suprimentos para, todo o resto para.
Desta preocupação, surgiu o interesse de buscar soluções que ajudem a garantir o bom funcionamento de todos os processos. A pandemia acelerou esta digitalização, e os líderes que já estavam automatizados seguem pesquisando novas tecnologias e tendências para continuarem esta evolução.
A internet e as plataformas digitais são apontadas por 79% dos líderes da área como as mais relevantes para garantir o futuro dos negócios no mundo pós-pandemia, conforme dados da Gartner.
Vantagens da digitalização da cadeia de suprimentos
Além de preparar a supply chain para novos desafios, a digitalização traz também o potencial de agregar mais valor aos serviços prestados pela cadeia de suprimentos.
Entre os benefícios que o uso consciente da tecnologia pode trazer para a cadeia de suprimentos, destacam-se:
Agilidade
Automatizar processos internos garante muito mais agilidade na execução das atividades. Isso permite que decisões sejam tomadas mais rapidamente. Assim, problemas são evitados e toda a cadeia torna-se mais eficiente.
Monitoramento e visibilidade
A visibilidade de todas as etapas do processo e também dos resultados é um aspecto muito importante da digitalização. As empresas conseguem monitorar vendas, estoques, entregas com muito mais precisão e agilidade.
Aproveitamento de estoque
Ao utilizar sistemas de gerenciamento de estoque inteligentes, tem-se um melhor aproveitamento do espaço e um ganho operacional de todas as atividades relacionadas. Se o estoque é omnichannel, por exemplo, ele está preparado para qualquer demanda, on-line e off-line.
Segurança operacional
Quando certas tarefas e procedimentos logísticos são automatizados, o colaborador afasta-se de riscos físicos e se expõe menos a lesões e acidentes de trabalho.
Produtividade
Se a tecnologia ajuda o ser humano na execução de certas tarefas, ele tende a produzir mais e melhor. Além disso, quando não precisa lidar com atividades burocráticas, o potencial humano pode focar-se na resolução de problemas e na elaboração de insights.
Integração de documentos
A gestão da cadeia de suprimentos envolve muitos registros, recibos e documentos. Apostar em uma solução que integre diferentes sistemas otimiza muito o trabalho, evitando erros e garantindo total compatibilidade entre toda a documentação que entra e sai.
Redução de custos
Já que falamos na papelada, digitalizar essa etapa do processo já gera um grande impacto nos custos operacionais. Onde há otimização, há melhoria, e isso se aplica na contenção de gastos e na identificação de desperdícios que podem ser evitados.
Fidelização
Tudo o que listamos acima se resume em uma coisa muito importante: aumento do nível de serviço. Companhias que trabalham bem, são mais procuradas, e tendem a ter clientes mais fiéis, pois eles estão satisfeitos com os resultados.
Tendências tecnológicas para a cadeia de suprimentos
Como a tecnologia nunca para de evoluir, o céu é o limite para todas as inovações que podem ser empregadas na cadeia de suprimentos. Quanto mais investimento for feito em soluções tecnológicas e digitais, mais significativos serão os resultados.
A inteligência artificial já é uma grande aliada da supply chain, e sua importância deve crescer muito nos próximos anos. Por meio da IA, empresas podem gerir estoques e entregas com mais assertividade.
A inteligência artificial também permite a realização de análises preditivas, que ajudam negócios a se prepararem para desafios futuros. Se colocada em prática com conceitos de machine learning, com máquinas se aprimorando sem intervenção humana, o potencial da IA aumenta ainda mais.
Correndo em paralelo à IA, temos a internet das coisas, mais uma tecnologia que já se faz presente e tende a ganhar mais relevância. Máquinas e dispositivos capazes de enviar e receber dados digitalmente facilitam a coleta de informações e podem ser operadas remotamente através de apps e dashboards digitais.
Os digital twins (gêmeos digitais) são mais uma tecnologia que vêm ganhando força. Na prática, a técnica cria uma cópia digital de uma estrutura física, ampliando o campo de visão de gestores e permitindo uma verificação mais aprofundada de práticas e processos internos.
E não se pode falar em automação sem falar em RPA (robotic process automation, ou automação de processos robóticos), mais uma tendência que já está presente em muitas companhias, otimizando diversas tarefas e reduzindo custos ao mitigar erros e retrabalho.
Estas são algumas das principais tendências tecnológicas que vão agitar (e agilizar) a cadeia de suprimentos nos próximos anos. A digitalização da cadeia de suprimentos é fundamental para que ela seja mais eficiente.
Mas, essa evolução não vai acontecer sozinha: os gestores precisam adotar uma postura proativa para implementar as mudanças, e terem a mente aberta para adotar novas metodologias de trabalho. Se eles puderem fazer isso, as vantagens certamente virão.
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